Tragédia no Japão: revolução das mídias sociais e do jornalismo

21-03-2011 19:47

Por Karine Figueiredo

Twitter e Facebook se tornaram grandes fontes de informações durante o caos no Japão. Com essas novas mídias em ascenção, o jornalismo se revoluciona.

 

No século XXI novas formas de se fazer jornalismo surgiram. Atualmente, é preciso que o profissional de comunicação saiba interagir com diversas mídias, como áudio, texto e vídeo em, algumas vezes, no mesmo veículo. O jornalista deve ser multifacetado para que ele se encaixe melhor no mercado de trabalho.

 

Outra grande transformação é a relação do receptor e transmissor de informações. Antigamente, as pessoas que recebiam as informações eram passivas ao conteúdo. O que acontece hoje é totalmente o contrário, pois o público quer ir além do fato de ser informado, deseja opinar e interagir com o que está sendo divulgado, através da internet.

 

Para que o profissional de comunicação compreenda melhor o seu fazer ele deve também pensar que as mídias sociais interferem de forma intensa e constante nas notícias atualmente. Por exemplo, hoje o Twitter e Facebook são grandes fontes de informações sobre diversos assuntos em todo o mundo.

 

Muitas vezes algo que acabou de acontecer é transmito em tempo real por esses canais de comunicação e só depois de uma apuração é que o fato vai ser informado pelos veículos que são conhecidos como fontes seguras: a televisão, o rádio e o jornal impresso. A internet ainda não possui grande aceitação com base na credibilidade. Assim, surge a capacidade do jornalista firmar a sua profissão perante a sociedade.

 

Um dos fatos que mais marcam a evolução das mídias sociais dentro do jornalismo é a tragédia que aconteceu no Japão, no dia 11 de março deste ano. Um terremoto seguido de um tsunami atingiu o país, no qual mais de oito mil pessoas foram mortas e doze mil estão desaparecidas.

 

As redes sociais tiveram um papel importante neste acontecimento, já que muitas pessoas informaram via Facebook e Twitter o que estava acontecendo no país em detalhes. Essa foi uma das maneiras em que os veículos de comunicação utilizaram para saber exatamente o que estava se passando no Japão. Os internautas relataram os sofrimentos, as angústias e as sensações provocadas pelos tremores.  

 

Mas no meio de tanta tristeza e boas ações existem erros que não são aceitos. A Microsoft lançou uma forma de doação para as vítimas do Japão através do Twitter. A empresa determinou que a cada ‘’retweet’’ dado no perfil oficial do buscador, o @bing, ela doaria US$1,00, o que equivale a cerca de R$1,60, para o país por conta própria. A ação não foi bem recebida, a rede social criticou severamente a Microsoft por usar o pretexto para conseguir mais seguidores. Diante disso, a empresa se desculpou e afirmou que doou US$100 mil para a causa. O meio pelo qual as informações são obtidas atualmente é diverso, porém deve-se usar o bom senso ao utilizá-las. Portanto, o jornalista deve apurar e observar quais são as reações das pessoas diante de tantas informações.

 

Uma pesquisa global realizada pela CNN entre junho e agosto de 2010 mostrou que 43% das notícias on-line são compartilhadas nas mídias sociais. O estudo foi analisado com 2.300 consumidores e revelou que 27% das pessoas pesquisadas compartilham notícias em redes sociais. Classificado em segundo lugar vem o e-mail com 30%, SMS teve 15%, seguido de mensagens instantâneas, com 12%.

 

Ao analisar esta pesquisa é possível concluir que as mídias sociais estão ocupando cada vez mais a vida dos internautas e interferindo de forma significativa no jornalismo atual. O lado negativo dessa instantaneidade na internet é que muitas informações são divulgadas ao mesmo tempo e sem apurações confiáveis. Por isso, cabe ao jornalista verificar e exercer sua profissão de forma informativa e detalhista para noticiar ao público o que ele vai tomar como verdade.  

Dê sua opinião

Data: 28-03-2011

De: Nathália Faria

Assunto: Crítica

No seu texto estão pontos muito importantes, como a nova postura dos jornalistas, que precisam ser pró-ativos e multifacetados, e a interação do público.

Há hoje uma grande dependência do twitter e do facebook, por parte dos jornalistas, para que encontrem seus personagens e consigam cobrir os acontecimentos em tempo real.

As pessoas hoje dão notícias do que acontecem em seus países, e muitas vezes têm sido mais rápidas que os jornalistas, o que exige ainda mais agilidade dos profissionais.

Você lembrou a questão da credibilidade das notícias e a relação dos meios de comunicação com seu público. Acerca dessa questão, como você acha que os jornalistas devem avaliar o que noticiam e como eles podem medir a relevância do que publicam para seu público, para que não haja um bombardeio de informações banais?

Data: 24-03-2011

De: Lorena

Assunto: Mídias Sociais e Jornalismo

Ótimo texto, com bons exemplos e números atualizados, Karine.

Também a edição ficou ótima, parabéns.

Apenas mude um pouco o seu bigode, de acordo com a observação em vermelho.

Minha questão pra você: como a imprensa local está trabalhando com as mídias sociais. Dê exemplos.

Data: 24-03-2011

De: Karine

Assunto: Re:Mídias Sociais e Jornalismo

As mídias de Belo Horizonte estão trabalhando intensamente com essa nova forma de se fazer jornalismo. É uma maneira de divulgar as informações de maneira imediata e aumentar o prestígio do jornal.

Por exemplo, na página inicial do Estado de Minas no canto direito tem um link para entrar no twitter do jornal, mandar SMS e se conectar via RSS. Ao clicar aparece o twitter oficial do veículo com notícias que foram divulgadas ao longo do dia. É importante ressaltar que é disponível também os links para que a matéria completa seja lida no site oficial. Em relação ao Facebook, quando o internauta clica em alguma reportagem ele pode a compartilhar via Facebook, Twitter e muitos outros meios.

O Tempo também utiliza das mídias sociais para se divulgar e informar o público. Quando se clica em uma reportagem é possível ''recomendar'' vida Facebook e em baixo do nome do reporter aparece: Siga em: www.twitter.com/Otempoonline.

Os maiores meios de comunicação impressos de Minas Gerais estão atentos as transformações do jornalismo e procuram acompanhá-las.

Opinião 2011_1

21-03-2011 20:31

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