Redes sociais: o mundo em suas mãos

21-03-2011 20:31

 Por Marina Messias

Conhecer, produzir e divulgar está mais fácil graças às ferramentas da Internet

 

Twitter, Facebook, Youtube, e até mesmo o esquecido Orkut. É inegável a intensa participação da Internet e redes sociais em todas as áreas do conhecimento, da sociedade, da vida atual. Conhecer pessoas e conectar-se com amigos e parentes distantes; comprar e vender; partilhar. Tudo isso foi potencializado pelo poder da rede mundial de computadores.

 

Mas a Internet proporcionou ainda mais possibilidades e mudanças em um campo específico: o jornalismo. Atualmente, com um celular nas mãos qualquer pessoa é capaz de produzir conteúdo para um site, blog ou rede social. A notícia nem sempre é a mais bem escrita ou planejada, mas é exclusiva e pode alcançar o mundo inteiro.

 

A partir do fenômeno das redes sociais, principalmente o twitter, com sua agilidade na comunicação e abrangência mundial, o “fazer jornalismo” é colocado em xeque e torna-se alvo de questionamentos: Qualquer pessoa pode exercer o papel do jornalista? O jornalismo morreu?

 

Pelo contrário, o jornalismo se fortaleceu. Se qualquer pessoa pode ter uma conta no twitter, uma empresa de comunicação também. E isso vale igualmente para facebook e qualquer outra rede social. A Internet não restringiu o poder jornalístico, mas o ampliou. A velocidade da notícia e a capacidade de transmissão de fatos de um lado do mundo para outro, de forma simultânea e com credibilidade, valorizou jornalistas e meios de comunicação. Assim, o questionamento, hoje, é outro: Se qualquer pessoa pode produzir conteúdo, em qual delas devo confiar?

 

A divulgação do falecimento do cantor Michael Jackson é um exemplo atual do poder das mídias sociais. O fato foi noticiado, primeiramente, pelo twitter. Porém, a população apenas acreditou no acontecimento após a divulgação por um veículo de comunicação tradicional e, por isso, considerado mais confiável.

 

Além da credibilidade, empresas tradicionais de comunicação são privilegiadas com as possibilidades inovadoras criadas pela Internet. Quem poderia imaginar, vinte anos atrás, uma transmissão ao vivo, com imagens e som de qualidade, de uma notícia do Japão para o Brasil? Hoje, nos surpreendemos com as imagens captadas e repassadas pelas grandes redes de televisão das catástrofes naturais em todas as partes do mundo. O recente tsunami que atingiu o país oriental contou uma cobertura inacreditável por jornalistas de todo o mundo. Além de rádio, jornais e TVs, o público tem na Internet uma fonte preciosa e ininterrupta de informações.

 

Profecia Maia, 2012, apocalipse, fim dos tempos? Nada disso. As catástrofes não estão cada vez piores. Nós estamos cada vez mais informados, por todos os lados, por todos os meios, de variadas formas. Se, há vinte anos, um tsunami de tal proporção atingisse o Japão, qual seria a cobertura jornalística? Por quais meios e, em quanto tempo receberíamos esta informação no Brasil? O sofrimento de um país com o autoritarismo de seus líderes seria conhecido por todo o planeta? A internet, além de oferecer acesso a informações, torna possível a transmissão de notícias que nunca alcançariam a grande mídia.

 

Hoje, a tecnologia modificou, não só o modo de fazer jornalismo, mas a forma como vemos o mundo. Indivíduos em suas redes sociais não estão mais sozinhos, mas em conexão com outras pessoas e empresas, de qualquer lugar do mundo, alterando e melhorando a propagação de fatos. O jornalismo não morreu, mas ganhou uma nova ferramenta para aprender e se aprimorar.

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