Mudanças necessárias

Será que nós, jornalistas, devemos correr atras das mudanças que estão acontecendo nos meio de comunicação? Devemos nos aliar às mídias sociais para a melhoria da informação?

Bárbara Peixoto - JRN7 2

Podemos perceber que tudo que está á nossa volta está mudando com o avanço da tecnologia. Vejamos: as ferramentas de comunicação passaram do papel para o teclado, do teclado para o celular. Hoje em dia, podemos publicar uma notícia pequena na hora em que o fato ocorreu pelo celular via mensagem, ou até mesmo via mídias sociais.

Com a mudança das ferramentas de comunicação as técnicas jornalísticas precisaram seguir o fluxo e adequar-se à informação de última hora. As reportagens que dominavam os jornais, passaram a ser notícias pequenas com informações sucintas nos sites de informação.

Os jornalistas tiveram que aceitar as mudanças e tentar reformular qual seria afinal o seu papel no mundo de hoje. Essa é uma questão em evidência depois do surgimento de um novo modelo de transição da comunicação, deixou de ser unilateral (emissor/receptor) e passou a ser horizontal.

Com a transição horizontal aquele que emitia (jornalista) a informação e o aquele que recebia (leitor) passaram a ocupar o papel de ambos. Os leitores começaram a informar.

A mídia social em si são plataformas de comunicação dotadas de tecnologia e que permitem que o público acesse e publique. Ferramentas como Google, Myspace, Youtube e Twitter deram acesso ao público para pensar que poderiam “ser” e agir como os jornalistas.

Com a mudança no tempo, no sentido de que quanto mais rápida for dada a informação melhor, fez com que as técnicas jornalísticas perdessem um pouco o sentido. Uma simples frase publicada no Twitter avisando que havia um acidente na BR-381, para que os motoristas evitasse aquela via de acesso, já é considerada uma notícia por muitos usuários. Naquele momento, o que importava era a velocidade da informação. Após alguns minutos outras pessoas com mais informações para acrescentar no fato, publicavam simultaneamente. Jornalistas das redações do jornal já buscavam na internet essas informações para poder seguir para o local, confirmá-las e poder fotografar.

Esse avanço que as mídias sociais permitiram pode ser aceito como ajuda na hora de fazer uma grande reportagem. Por exemplo, se a Revista Veja, que tem uma proposta de esclarecer melhor os acontecimentos da semana, quisesse fazer uma reportagem maior sobre o acidente, ela poderia recolher nas mídias sociais essas pequenas publicações para completar a notícia.

Outro momento de mudança é a convergência tecnológica, que por sua vez trabalha com possíveis tecnologias diferentes ao mesmo tempo. O rádio deixa uma lacuna ao informar apenas com a voz, enquanto a televisão consegue colocar ao mesmo tempo, voz, imagens e vídeos. Esse é o exemplo da convergência. Além disso a internet possui ferramentas que possibilitam uma maior convergência. Ao mesmo tempo que a matéria poder ser publicada via texto, pode conter um link de um vídeo com fotos do acontecimento. O público quer isso, o publico procura por essa comodidade.

O Blog, ferramenta da mídia social, antigamente era lido apenas por pessoas interessadas na vida social e particular do blogueiro. Com o avanço da internet, no sentido da convergência tecnológica, os Blogs passaram a ser revistas digitais atualizadas em tempo real. Hoje em dia, um exemplo desse avanço, são os blogs de moda, referências de conteúdo do mundo fashion. Muitas blogueiras recebem patrocínio e ganham convites para desfiles e eventos da moda. Virou uma profissão.  

A tecnologia não avançou apenas no plano da internet, ela avançou também nos celular, ipeds e televisão. Isso ajudou para a informação fosse veiculada mais rapidamente. Um exemplo desse avanço aconteceu no Jornal Nacional nessa semana. Depois do tsunami e do terremoto que devastou o Japão, o JN enviou repórteres para cobrir o acontecimento. Através da internet e uma web cam muitos correspondentes puderam entrar ao vivo com informações quentinhas.