Laerte Coutinho

A estranha história de um cartunista

 

Caio Araujo e Letícia Silva

 

Desenhista, cartunista, jornalista, comunista, músico... e fauno (foi preso nu, interpretando um fauno, em um filme, no campus da USP, em 1971). Laerte Coutinho nasceu nos idos de um ano qualquer, entre a posse do segundo governo de Getúlio Vargas e a fundação da maravilhosa cidade de Paranavaí. Desde criança, o ser multifacetado desenhou e, até hoje, não se sabe o por quê, não parou de rabiscar.

 

O indivíduo supracitado tem apreço por misturas. Viaja entre o real e o imaginário. Esses “Frankensteins” vistos em seus cartuns nunca o incomodaram. Até o estimulam e a seguir carreira. O maior exemplo dessa miscelânea é a série “Piratas do Tietê”, que combina os perfis de fácil assimilação dos piratas, inserindo-os no ambiente urbano paulistano.

 

Seu blog, o Manual do Minotauro, é uma tentativa de repetir aquelas histórias seriadas, que raramente são vistas em tirinhas atualmente. Lá, ele cria pequenas narrativas, buscando aquele espírito romântico dos folhetins e do leitor assíduo.

 

Laerte não faz mais parte do Partido Comunista, contudo, a efervescência do período da Ditadura e das lutas estudantis está sempre no seu trabalho. De modo bastante camuflado, é verdade.

 

O cartunista também trabalha em várias mídias. Criou uma peça de teatro, cujo nome é “Piratas do Tietê – O Filme”. Escreveu para o Sai de Baixo e TV Colosso. Colaborou n’O Pasquim. Seu personagem, Overman, foi transformado em animação e transmitido pelo Adult Swim, da Cartoon Network. Hoje, suas tiras são publicadas diariamente na Folha de São Paulo.

 

Para o futuro, além de continuar criando, há um projeto de filme. Sobre qual de suas séries? O Piratas do Tietê. Óbvio.

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