Formas de recontar uma história reviver uma vida
Por Julia Venuto - JRM7
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Uma obra explícita que como grande parte dos filmes brasileiros trata de drogas, assassinatos, porém este mostra outra realidade social de traficantes de entorpecentes que não costumam ser explorado em dramaturgias afinal João Estrela era da classe média e não da favela. Inspirado na obra literária “Meu nome não é Johnny” de Guilherme Fiúza o filme conta uma história verídica. Pela produção cinematográfica de Mariza Leão a jornalista relata que teve vontade de conseguir os direitos do filme por ser uma história próxima as pessoas.
Com elenco de peso como Selton Melo que interpretou João Guilherme, de forma intensa, com sacadas rápidas e precisas. Cléo Pires, Cássia Kiss, Júlia Lemmertz fazem parte da dramaturgia juntamente com o próprio João Guilherme Estrella que aparece como um dos enfermeiros do manicômio. Em planos fechados com a câmera muito próxima não se preocuparam em colocar o cenário do Rio de Janeiro, focando o personagem principal João Guilherme Estrella.
João Guilherme Estrella (Selton Melo) nascido em uma família de classe média do Rio de Janeiro, freqüentou as melhores escolas, seus amigos eram das famílias mais influentes da cidade. Com seu carisma e charme conquistava a todos. Nos anos 80 e 90 se envolveu no mundo das drogas, começou apenas vendendo sem pretensão para os amigos, até que virou um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro, entretanto da mesma forma que vendia, gastava tudo, não havia existência de estrutura organizada, seu intuito era vender para financiar seu vício. Vivia uma vida de curtição sem limites só parou quando foi preso em 1995.
Com final intenso percebemos que ainda existe ser humano que acredita na mudança de um indivíduo, trás esperança para aqueles desacreditados, há possibilidade de reabilitação de pessoas. Basta apenas ela buscar dentro de si a mudança. “O verdadeiro lugar do nascimento é aquele em que lançamos pela primeira vez um olhar inteligente sobre nós mesmos”. Cartão de Natal que a juíza Marguerite Yourcenar mandou para João Guilherme Estrella.
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Entrevista com a produtora do filme
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