Terra de alguém

28-09-2011 08:57

Apesar de criticadas, redes sociais contribuem muito para jornalismo e sociedade

 

Por Pablo Nogueira

 

As redes sociais são vistas por muitos como um campo perigoso, onde impera o anonimato e vários rostos se escondem, em meio a vozes difamatórias e conteúdos irresponsáveis. Essa é a maior crítica e tem certo fundamento. Mas olhar apenas por esse prisma é renegar a importância e a contribuição que as mídias sociais (twitter, facebook, etc.) têm proporcionado a sociedade, e ao jornalismo em particular.

 

Não só como definidoras de conteúdo, através de sugestões diretas e indiretas de pauta, as redes sociais têm contribuído para gerar mudanças na maneira como determinadas empresas jornalísticas tradicionais lidam com o público e com questões internas. Questões essas que passam também pela ideologia do veículo, que mesmo mantida, precisa ser mais bem explicada a cada enxurrada de manifestações contrárias nas redes sociais. Caso o contrário, as empresas correm o risco de alimentar, pelo silêncio, críticas que podem comprometer um futuro de sucesso.

 

Para a sociedade, as mídias sociais têm ajudado na medida em que interferem em questões, que vão desde a política até mobilizações sociais, dentro e fora do país. A participação, mesmo de forma ainda tímida contribui para a consolidação da democracia. Um regime considerado mito, num país onde as empresas jornalísticas gritam por liberdade, mas elas mesmas, dificilmente se deixam criticar dentro do seu próprio espaço, pelos receptores. No mais, a participação ativa na divulgação de imagens, textos e áudios popularizam fatos pouco difundidos. Principalmente pela falta de recursos de grande parte da mídia tradicional, ou ainda em virtude de regimes ditatoriais, que impedem que determinadas ideias ou conteúdos sejam veiculados nos grandes veículos. Ainda que haja críticas em relação às mídias sociais, muitas vezes chamada de terra de ninguém, elas carregam a vantagem de mesmo sem dono, proporcionarem um espaço realmente democrático, onde ao mesmo tempo ninguém manda e todos mandam. Algo, diga-se de passagem, muito salutar.

 

Saiba mais:

 

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