Som no Horizonte

28-05-2012 10:17

Aos 57 anos, o sanfoneiro Carlos José canta e encanta quem passa pela Praça Sete.

 

Por Camila Corrêa, Flávia Lages, Marcelo Camêlo e Paulo Henrique Nascimento.

 

Em meio ao tumulto do cruzamento mais famoso do centro de Belo Horizonte, um som diferente se destaca.

Entre buzinas, gritos de ambulantes, ronco dos motores dos carros passando, apitos de guardas no trânsito e pessoas falando, o som da sanfona se dissolve entre as avenidas Amazonas e Afonso Pena.

Em plena Praça Sete, Carlos José de Araújo encanta quem passa por ali com os acordes bem compassados do seu instrumento.

A voz grave acompanha a melodia, tocada com carinho, cativando a todos ao redor, interferindo no cotidiano apressado das pessoas.

Sem cobrar nada em troca, o funcionário público, de 57 anos, aproveita o tempo que tem livre para se dedicar àquilo que considera sagrado: a música.

Carlos, que se intitula um artista de rua, vê na arte uma forma de desafiar o mau humor das pessoas, fugindo do ambiente da repartição e espairecendo suas ideias.

Mineiro de Pará de Minas, o artista aprendeu com o pai o gosto pela música. Para relembrar os tempos de criança no interior, Carlos se entrega às melodias de velhos clássicos da música.

Após uma breve manhã alegrando o tumultuado centro, o funcionário vai para sua longa tarde de serviço. O sanfoneiro comprova que é possível conciliar uma rotina estressante com as artes no Horizonte.

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