Região Noroeste ainda lidera nos casos de dengue

24-10-2011 20:32

Por: Bruna Ávila, Dayane Lima, Hévila Oliveira, Manoella Garzon, Priscila Mendes.

Nova metodologia (LIRAa) ajuda a mapeia índices de infestação

A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) realiza, durante todo o ano, diversas ações de combate à dengue, como mutirões de limpeza, atividades de mobilização, palestras e parcerias com empresas e entidades da sociedade civil, por meio da Aliança contra a Dengue, reunindo mais de 30 entidades.

Hoje, a capital conta com 1.700 Agentes de Combate a Endemias (ACE) que visitam, a cada dois meses, cerca de 800 mil imóveis, o que resulta no total de quatro milhões de visitas por ano.

Dentre as várias metodologias utilizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para reduzir os casos da dengue, está o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, alerta sobre os possíveis pontos de epidemia da doença.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) realiza o levantamento três vezes ao ano, nos meses de janeiro, março e outubro. O LIRAa é realizado pelos agentes em cerca de 35 mil imóveis distribuídos pelas nove regionais de Belo Horizonte.

Durante as visitas, são feitas vistorias nas residências para identificar algum foco do Aedes aegypti e orientar a população sobre os cuidados que devem ser tomados para se evitar a propagação da doença.

A pesquisa do último Liraa, realizada em março, registrou índice de 2,5%, ou seja, de cada 100 imóveis vistoriados, em 2,5 foram encontrados focos do Aedes aegypti. Os dados do terceiro Liraa, de outubro, serão divulgados na segunda quinzena de novembro.

O LIRAa realizado em outubro de 2010 apontou índice de 0,9%. O número de casos confirmados chegou a 51.644. Já este ano, foram admitidos 1503, o que representa uma redução de 97% de ocorrências da endemia.

Entre os registros, quatro foram da variação hemorrágica e outros três com complicações. Nenhuma morte foi contabilizada em 2011 na capital.

Até o momento, a Região Noroeste da capital lidera no ranking de confirmações, com 264 casos, seguidas pela Região Norte, com 252, e Barreiro, com 173. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o número ultrapassa 1% há risco de epidemia na região.