Redes democráticas
Jornais focam em redes sociais apenas como estratégias de comunicação por não saberem utilizar ferramentas de forma correta.
Por Paula Isis
A burrice está impregnada nos meios de comunicação que acreditam que as redes socias são estratégicas por si só, o que na verdade não passa de uma grande estupidez. A estratégia acontece a partir do momento em que você sabe utilizar essa ferramenta, o que você se propõe a fazer com ela. Grandes portais jornalísticos na internet já demonstram um maior interesse profissional e estratégico pelas redes sociais. Porém, há aqueles que são avessos a tecnologia e insistem no tradicionalismo. Quando trazemos o tema redes sociais e a convergência com o jornalismo para o palco central, deve-se discutir, necessariamente, não só o uso dessas ferramentas como modo de divulgação e ação, mas sim, como principal ferramenta como medidor da opinião do público.
Podemos notar que grandes jornais, como Folha de São Paulo, Estadão, e como exemplo mais próximo, o nosso mineiro Estado de Minas, aderiram às mídias sociais, e hoje possuem perfis em sites de relacionamento, como facebook e twitter. O portal do jornal O Estado de S. Paulo tem mais acesso nos blogs do que no próprio site. Essas ferramentas exercem papel de divulgação dos conteúdos jornalísticos. As mídias sociais deixaram de ser vistas apenas como plataforma de entretenimento e ganharam características como geradoras de conteúdo.
Além disso, essas plataformas servem como mídias alternativas, no qual são divulgados por usuários acontecimentos, notícias, que não entrariam em determinados jornais, televisões ou sites, por se tratar de materiais ofensivos ou contra a moral da sociedade onde os meios de comunicação estão inseridos. Podemos também citar o caso da qualidade duvidosa do produto e do imediatismo com que pode ser divulgado. Outro problema pertinente é a exposição da vida pessoal que acontece por meio das redes sociais.
A velocidade com que essas noticias se espalham é assustadora, pois quebram barreiras físicas e geográficas. Levantamentos feitos por pesquisadores apontaram que nesses últimos anos, a maioria dos assuntos discutidos nas redes sociais tem como origem a mídia tradicional, ou seja, as redes sociais discutem o está em pauta na imprensa comum. Cria-se um link maior com o leitor, no qual sua opinião é emitida quase que de forma instantânea, o que pode até inferir em uma decisão editorial, por exemplo.
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