Quem bate educa?

06-11-2010 12:30

Por Amanda Rafaela de Almeida

(7º período jornalismo - UNI BH)

amandarafaela9@hotmail.com

 

"Poupe o bastão e estrague as crianças", a frase bíblica do livro de Provérbios diz respeito à criação dos filhos.

O projeto de lei que proíbe qualquer tipo de castigo físico em crianças e adolescentes aprovado na câmera pontua cinco razões para não bater nos filhos:

  1. Bater nas crianças ensina-as também a se tornarem agressivas;
  2. O castigo físico interfere no vínculo entre pais;
  3. O castigo físico passa a mensagem injusta e nociva de que "o mais forte sempre tem razão";
  4. Raiva e frustação que a criança não expressa ficam guardadas, podendo ser prejudiciais no futuro;
  5. O castigo dificulta a criança aprender e resolver conflitos de maneira mais eficiente e humana.

Mas será que existe algum nível "tolerável" em que se pode dar uma palmada em uma criança? É possível educar apenas com argumentos? E será que a autora desse projeto de leis tem filhos?

 

Na semana passada foi colocado no youtube um video em que um garotinho de quatro anos de idade, ao ir ao supermercado com a mãe e ouvir um não pelo pedido de uma caixa de bombons, ficou indignado e, aos prantos, começou a dar tapas no rosto da mãe e chamá-la de chata inúmeras vezes. A mãe, é claro, ficou muito constrangida. E neste caso, o que deve ser feito? Dar uma palmada ou o bombom para calar a criança?

O bombom sem dúvidas é uma boa solução, até porque se a mãe optasse por corrigi-lo naquele supermercado com uma palmada poderia ser penalizada.

 

O maior problema é que na hora de criar esta lei, não se pensou em tudo. E se a mãe resolver corrigir este mal-criado filho em casa? Quantas não são as crianças qie deixam de ganhar uma palmada na rua, mas quando chegam em casa são espancadas por pais e educadores. E nas escolas? Coitadinhas! Tão ingênuas, e nem podem se defender.

 

Como fazer? Quem é que vai vigiar? Quem garante que elas não apanham às escondidas?

 

Quando questionada, a autora do projeto diz que a proposta tem o objetivo de abolir todo o tipo de castigo físico. Negativo! O que está sendo criada é mais uma lei em vão. Não é possível supervisionar 24 horas o tratamento e criação dos filhos. Na rua ela pode até funcinar, mas dentro de quatro paredes ninguém sabe o que se passa. Além do mais uma "palmadinha" na hora certa nunca é demais para corrigir. De repente, a passagem bíblica do livro de Provérbios pode ter razão. Melhor do que no futuro ter filhos agressivos e corrigidos pela polícia, ou até mesmo pela própria vida, é corrigi-los quando crianças. Afinal de contas, pisada de galinha não mata o pinto.

Procurar no site

Tags