Quem não se adapta, se estrumbica!

17-03-2011 22:58

Por Érica Fernandes
A dificuldade dos principais meios de comunicação frente à internet

 

Mudanças geralmente promovem estranhamento no ser humano. O comodismo e a estabilidade provocam sentimento de resistências ao novo. Embora essas reações sejam inerentes ao homem, a história é marcada por mudanças significativas. A comunicação é uma das áreas em que estes aspectos são bastante nítidos. Quando a televisão foi trazida por Assis Chateaubriand na década de 60, profissionais do jornal e do rádio viam nela o fim dos seus veículos. No entanto, eles permanecem até os dias atuais.

 

É claro que o rádio que ouvimos hoje não é o mesmo que sua avó passava horas escutando.  Um bom exemplo das adaptações sofridas pelos veículos é a novela. Antes ela era lida nos jornais, depois passou a ser ouvida nos rádios e hoje ela é vista na televisão. Cada veículo teve que se adaptar ao público e suprir a carência que o outro deixava. É a lei de Darwin vivida na comunicação: Quem não se adapta não sobrevive.

 

Mas hoje o que atormenta a noite de grande parte dos profissionais de comunicação é a famosa internet. E tanto medo não é sem causa, nada consegue ser tão rápido e preciso. As informações são marcadas pela instantaneidade. O internauta recebe as notícias em tempo real. No entanto, não é a rapidez sua principal façanha, a internet consegue reunir imagem, som e movimentos em um mesmo espaço. É como se a TV, o rádio e a mídia impressa coubessem no mesmo lugar, o mundo virtual. Todas essas facilidades e o baixo custo a torna atraente a qualquer cidadão.

 

Atrelada à internet, vêm as chamadas mídias sociais. A interatividade é uma das armas chaves desse novo meio de comunicação. As pessoas ligam para as estações de rádio e para televisão, cartas e emails são enviadas para as redações dos grandes jornais, mas as mídias sociais criam uma nova forma de comunicação. Os internautas não apenas participam, mas são agentes da notícia de maneira rápida e incisiva.  Os papeis são invertidos, o antigo receptor da informação passa a ser também o emissor. As pessoas desejam opinar e fazer parte do que é notícia. Na internet esse desejo se torna realidade com mais rapidez e menos burocracia que os outros meios oferecem.

 

O jornalismo adquire nova forma, sem tantas restrições e padrões. Blog, myspace, twitter, facebook conseguem informar e entreter ao mesmo tempo. Os sites de notícia acabam por produzir elos entre estas ferramentas, no intuito de aproximar ainda mais de um público ativo e imponente. Com tantos aspectos positivos é difícil não confessar o poder de abrangência da internet, no entanto, não é o apocalipse das outras mídias.

 

Como a vanguarda já sabe, é preciso se reinventar e aperfeiçoar o que antes era considerado bom. Estamos em um novo tempo onde as pessoas não param para tomar um cafezinho na padaria. Enquanto falam ao telefone, utilizam o notebook e tomam o café. É necessário se adaptar a uma população marcada pela rapidez e pelo ativismo.  O público está cada vez mais crítico e exigente, por isso, as mudanças devem acontecer suprindo às novas necessidades. O caminho a ser percorrido, ao que tudo indica, é a especialização. Foi-se o tempo em que todos assistiam aos mesmos canais e ouviam as mesmas músicas. A massificação tem perdido lugar para o individualismo.

 

Por isso, resta aos meios de comunicação descobrir qual é o seu público e o que ele procura. Ignorar estes fatos é declarar a sua falência, como ocorreu com o maior jornal do mundo, o New York Times. A queda brusca nas vendas mostra que nem um gigante está livre dos efeitos da internet. O famoso jornal americano está se reinventando, procurando em meio a tanto tradicionalismo atrair o moderno. Os efeitos serão sentidos em todos os lugares, isso é apenas questão de tempo, o que para internet, é muito pouco.

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Data: 23-03-2011

De: Lorena

Assunto: Mídias Sociais

Bom texto, Érica. Mas faltou focar mais em Mídias Sociais e Jornalismo, marcar as ideias chave de cada parágrafo e inserir o Fórum para comentários.

Minha pergunta: dê exemplos de utilização das Redes Sociais pelas mídias tradicionais em eventos recentes de comoção mundial.

Data: 23-03-2011

De: Érica Fernandes

Assunto: Re:Mídias Sociais

Um exemplo de utilização as Redes Sociais pelas mídias tradicionais é o tsunami no Japão. O episódio provocou grande comoção entre os internautas das redes que passaram a divulgar informações dos desaparecidos, cujo parentes e amigos conseguiram ter acesso imediato às informações sobre o que ocorria no país e com as pessoas queridas. As informações foram divulgadas por emissoras de TV do Japão por intermédio das redes sociais.

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