
O Clássico fora dos gramados
A reação das duas torcidas com o resultado da final do Campeonato Mineiro 2011
Bárbara Peixoto, Stephanie Zanandrais, Luiza Viana e Michelle Lessa
"O árbitro apita. Final de partida, e o Cruzeiro é o Campeão Mineiro 2011". Torcedores reunidos nos bares e casas de Belo Horizonte estampavam duas reações típicas de uma final de campeonato entre rivais: o grito da vitória e o silêncio da derrota. Gritos, vaias, xingamentos, histeria e muita agitação. O jogo não foi das mais belas do futebol, mas causou muita emoção. Entre tristezas e alegrias, os torcedores atleticanos e cruzeirenses vibravam em cada lance, comemorando ora a vitória do time do coração, ora a derrota do rival.
Na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, às 16h do dia 15 de maio, 17.384 cruzeirenses viram e vibraram com a vitória de 2 a 0 em cima do Atlético-MG, que devolveu a taça ao Cruzeiro após a derrota na primeira partida, por 2 a 1. Em Belo Horizonte, os bares ficaram lotados de alvinegros e alviazuis. Os primeiros, sem o direito de ir a campo. Os outros, sem conseguir comprar os ingressos, já esgotados. Mas nada fez com que os torcedores desanimassem.
Bandeiras, apitos, camisas, chapéus, aplausos, gritos, cara pintada e muita esperança no coração dos torcedores aflitos no primeiro tempo. A bola, que nunca entrava, deixava quem assistia inquieto. O juiz, para variar, levava a culpa. No segundo tempo, nada mudou até os 30 minutos, quando Wallyson fez o primeiro gol do Cruzeiro. Nesse momento, a massa era só alegria em meio a gritos, pulos e abraços. Enquanto isso, o torcedor alvinegro, indignado, não sabia o que fazer. Mas a esperança atleticana é a última que morre.
Para completar, aos 42 minutos Gilberto faz o segundo gol do Cruzeiro. E, então, começaram a surgir os gritos de “é campeão!”. Cruzeirenses esbanjando felicidade e atleticanos, revoltados com a derrota, juntavam as coisas para ir embora. Para o torcedor atleticano Mateus Felipe, o que faltou para o Atlético foi acertar a pontaria, “se o bendito do Magno Alves tivesse calma e mirasse a taça era nossa”. A atleticana fanática, Cinthia Baptista, afirma: “O Cruzeiro teve sorte. O time do galo é muito superior”.
Os torcedores cruzeirenses não fizeram outra coisa a não ser “zuar” os rivais. “Acabou meu querido, acabou. Gostaram de zuar da Libertadores, mas adiantou o quê? Hein? O Cruzeiro perdeu Libertadores, mas ganhou Mineiro e vocês?”, grita o torcedor Renan Augusto. E foi assim, com muita buzina, festa e gosações, pelas ruas, que o fim de tarde do domingo, 15/05, que o Cruzeiro levantou a taça de Campeão Mineiro 2011.
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