Neda heroína ou vítima
Redes sociais divulgam morte de iraniana
Por Poliana Hubner
Não se falava de outro assunto nas redes sociais, manifestação dos jovens militantes da oposição iraniana ganhou um rosto, uma morte trágica foi divulgada em um vídeo que se espalhou rapidamente pelos sites como twitter, facebook e blog’s.
As imagens feitas por um cinegrafista amador através de um aparelho celular no momento exato da tragédia e enviado para um amigo que se encarregou de espalhar o vídeo nas redes sociais, mostrando a jovem caindo e em seguida seu rosto começa a ser coberto de sangue, ela morreu com tiro na cabeça. As cenas chocaram o mundo e os manifestantes que se encontravam ao redor da garota.
A jovem foi identificada na internet como Neda, o que significa “a voz”, o seu chocante fim poderia mudar os rumos dos protestos no Irã. Ela se tornou o ícone de protesto no país.
As redes sociais contribuíram para a divulgação daquela revolução, além da divulgação da sua morte, os vídeos com homenagem, músicas e mensagens em sua memória se espalharam pela internet, Neda não foi só mais um, e sim uma jovem que deu sangue para lutar pelos direitos que ela acreditava, e continua sendo admirada por todos cidadão iranianos.
O caso de Neda por ser marcante, abre caminho para novos protestos. É uma tradição dos iranianos em morrer combatendo as injustiças, do que viver subjugado. Na revolução de 1979 eram explorados as mortes de jovens manifestantes nos combates, com objetivo de atrair a atenção e motivar a participação em novos protestos.
Mas será que vale a pena colocar própria vida em risco, uma moça tão jovem e bonita, ter um fim tão trágico, deixar de viver e construir família como uma pessoa normal.
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