Mídias Sociais na Era da Informação

17-03-2011 08:55

Por Tomaz M. Amâncio

As novas possibilidades de interação social e comunicação transformam cada vez mais o trabalho jornalístico e deixam governos tiranos em “saia-justa”

 

As primeiras manifestações desde a era de Gutemberg, até aos meios de mídia eletrônica, já ganhavam traços de subversão aos olhos estados e governos tiranos e ditaduras. Fazendo frente à manipulação massiva, por meio de um tipo de comunicação independente. Se não fosse a rádio “pirata” ou clandestinas utilizadas por Fidel Castros e seus companheiros, o ideal libertário da revolução cubana não chegaria aos ouvidos do povo, por exemplo.

 

 

Hoje em dia, por meio da atual rede de compartilhamento de informações através de blogs e outras ferramentas, como twitter, facebook, etc., o atual panorama da imprensa, que era vertical, passa a ser horizontal com alto fluxo de notícias e informação. O que antes era unilateral e direcionado apenas por quem detinha o poder e a posse dos veículos de comunicação, se mostra o contrário, cada pessoa pode produzir e transmitir seu próprio conteúdo de forma simples e barata.

 

Essas transformações acabam por moldar o processo econômico e difusor da informação. No estudo de Evandro de Assis “O Jornalismo e Mídias Sociais”, aponta queda na circulação dos jornais nos Estados Unidos, de 2006 a 2008, de 8,2%, além de queda de 83% nas ações dos periódicos na bolsa.

 

A população global está conectada e mais do que isso, vê nessa possibilidade de interação quase que real e instantânea, a possibilidade de se organizar para promoverem atos públicos como manifestações, rede de debates, dentre outras ações. A mídia social agrupa grande parte de pessoas, além dos jornalistas, na promoção da liberdade de imprensa e informação sem limites pelo mundo afora. Se por um lado essas transformações trazem benefícios para a maioria, também geram problemas e dor de cabeça para muitos líderes de governo e regimes fechados como muitos países do mundo oriental.

 

As revoltas no mundo árabe são um claro sinal de que a tecnologia superou os séculos de censura e opressão de ideais mais libertários, igualitários e humanos. A demonstração clara disso são as recentes revoltas nos países islâmicos, como Egito, Irã, Iêmen etc., mas essas novas ferramentas da comunicação também trazem dilemas e questões relevantes quanto ao trabalho profissional do comunicador. A notícia passa a circular por muitos portais de emissoras, sites independentes e passa a ser reproduzida e comentada por indivíduos e internautas de diversos meios. Isso obriga os jornalistas a trabalharem de acordo com cada tipo de plataforma, gênero e também a convergência de vários tipos de formato da informação, em um só suporte de conteúdo digital.

 

A revolução digital trouxe muitas oportunidades e vantagens para o mundo da comunicação, ao longo dos últimos séculos o homem desenvolveu e acompanhou um período muito acelerado de interação tecnológica. A periodicidade da imprensa agora é inerente a demanda do público, diferentemente de quando as grandes emissoras é quem definiam o conteúdo, a quantidade e a periodicidade das notícias. Agora o que está em jogo é a capacidade da informação, ou do furo jornalístico, de se estar em vários lugares independentemente de uma ou outra emissora. Os grandes veículos de comunicação de massa se tornaram tão acessíveis quanto às opiniões, informações, notícias, imagens e áudio na grande interface que é internet em seus diversos meios. 

 

Seja no celular, no Ipad, no notebook, ou PC, as mídias sociais são espaços cheios e vazios ao mesmo tempo, cheios de informações e campos em branco, prontos para serem preenchidos em fóruns de discussão, comentários e reprodução de conteúdos em outras interfaces sociais da rede. E por aí vai, as novas tendências vão surgindo de acordo com o avanço tecnológico, acompanhadas pelo marketing das grandes corporações e empresas que nutrem toda essa rede, com anúncios e serviços de todos os gêneros e variedades.   

                                                                                                                                                  

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Data: 29-03-2011

De: Samantha

Assunto: Mídias Sociais

Tomaz,

Achei seu texto interessante, tocou em vários pontos importantes, como a independência da comunicação, a passagem da era vertical para horizontal, a questão econômica, etc. Gostaria de saber se vc fosse líder de um governo, como seria sua relação com a internet e as mídias sociais? Tentaria seguir o exemplo chinês através da censura?

Data: 14-04-2011

De: Tomaz Amancio

Assunto: Re:Mídias Sociais

Oi Samantha,

se fosse líder de um governo acredito que usaria a internet e as redes sociais a meu favor, falando de minhas propostas e pedidindo que as pessoas com quem interagisse expressarem suas opiniões. Pois assim, acredito que todos sairiam ganhando, principalmente para a construção de um Estado democrático. Não seguiria o exemplo da China pois acredito que repressão e censura só tendem a piorar as relações entre governantes e cidadãos. Abs,

Tomaz

Data: 23-03-2011

De: Lorena

Assunto: Mídias Sociais

Ótimo texto, Tomaz. Só achei que você poderia ter aproveitado melhor a marcação das ideias chaves de cada parágrafo. O que você marcou não representava bem o conteúdo disponível naquele bloco de texto.

Lembre-se de sempre inserir um fórum ao final das publicações.

Minha pergunta: como as grandes empresas de comunicação estão utilizando as redes sociais, especialmente Facebook e Twitter. Dê alguns exemplos interessantes.

Data: 23-03-2011

De: TOmaz Amâncio

Assunto: Re:Mídias Sociais

As empresas de comunicação, pricipalmente do Brsil e Índia estão sendo e Twitter). Em estudo feito por um fabricante de software (McAfee) é constatado que 58% dos consumidores e clientes exigem das empresas aplicativos em Web 2.0.

Além de fazerem pesquisas através de consultores de redes sociais para saber o perfil do seu público-alvo, nove em cada dez empresas brasileiras dizem estar lucrando com os novos aplicativos para redes sociais. A previsão para o crescimento de publicidade na rede também é considerável, de mais de 10% em 2011.

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