Mídia: Qual o seu papel afinal?

23-03-2011 10:44

 Por Jéssica Ramos

 

Com o aumento dos recursos e da criação de novas mídias que trabalham juntas, decorrentes do avanço tecnológico, todo tipo de comunicação que ocorre no meio atual é veiculado através de várias formas, fazendo com que assim uma mesma informação ou interação chegue até indivíduos de perfis distintos. Isso ocorre pelo fato de que elas são veiculadas em diversas mídias, essas que possuem um receptor exposto específico.

 

O homem passou a ser mais exigente com a fonte de onde ele busca informações, colaborando para que os processos de comunicação se interligassem uns aos outros. O público pode ter acesso à mesma notícia na televisão, rádio, jornais impressos, e na internet, com mais facilidade. No entanto, as mensagens oferecidas não seguem o mesmo padrão de linguagem, mas é absorvido pela massa e os variados tipos de receptores.

 

Todo esse processo de mistura e interação entre as mídias é chamado de mídias convergentes. Nessa era da informatização e da junção de recursos midiáticos, muitos reflexos têm ocorrido na área comunicacional e, principalmente no caráter expositivo de cada receptor, além de refletir até mesmo nas relações pessoais da sociedade. As mídias convergentes não só trouxeram a rapidez em adquirirmos informação, como novas formas de interação e comunicação entre os seres humanos.

 

No mercado de trabalho muitas coisas mudaram, aliás, acrescentaram, isso porque um profissional graduado em uma determinada área comunicativa passa a ter a necessidade de se atualizar para adaptar sua função às evoluções que o mercado exige, e, principalmente, àquilo que os formadores desse mercado exigem: os principais financiadores da mídia, que somos nós.

 

A internet passou a ser o meio de comunicação mais eficiente na atualidade, por ter se tornado um dos principais meios para o público interagir e se manter “atualizado”. Isso foi motivo de preocupação para muitos profissionais, pois a concorrência aumentou, sem falar no medo de o jornalismo tradicional perder espaço para as outras mídias que surgem a cada dia, em especial no caso do computador que une vários tipos de recursos midiáticos.  

 

 

Num exemplo um tanto peculiar, a mídia convergente funciona como a metalingüística, que consiste em uma ou mais formas de mídia dentro de outra mídia. De certo modo é intrigante e especulador pensar nas conseqüências que toda essa facilidade traz consigo. Porém por trás de toda essa homogeneização das mídias existe uma hibridez um tanto complexa, e é através dela que os investimentos nesse processo avançam tanto.

 

Acerca do volume da comunicação em massa especula-se certa imposição feita através da exposição excessiva de um mesmo assunto sobre diferente plataformas midiáticas. Porém o processo de união de mídias, na verdade, não vêm impor nada ao seu público, mas sim, torná-lo ainda mais exigente quanto àquilo em que ele (receptor) vai se expor, ao que vai perceber e sua memorização do conteúdo, devido à diversidade e opções que surgem através dessa convergência, como no caso da TV digital. Porque na mídia atual a regra é essa: só existe um conteúdo se houver interessados no mesmo.

 

Observa-se portanto, como conseqüência, que o público deixa de adquirir informação sendo dependente daquilo que o emissor, no caso, a mídia vai lhe transmitir, e é exatamente ela – a mídia – , que passa a ter de se atualizar e garantir bons profissionais na área comunicacional, para atender às exigências do público, que deixa de ser volúvel e se torna cada vez mais, enquanto sociedade, o criador do conteúdo midiático, já em sua situação de direcionador.

 

Nesse espetáculo comunicacional os papéis se invertem, os que seriam espectadores, assumem o papel de produtores, os que seriam produtores passam a ser os principais interessados no resultado, tornando-se assim espectadores, e o show torna-se cada vez mais fantástico.

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