
Mídia para quem quer e para quem consegue
Novas mídias sociais ganham espaço, porém é preciso saber como utilizar as ferramentas
Por Bruno Torquato
Muito se discute sobre a World Web Wide desde a sua criação e sua utilização na internet com as inúmeras possibilidades. Teorias de conspiração acreditam no fim da televisão e do rádio. Porém, o que se pode observar hoje é a convergência. Desta forma, o jornalismo se torna um dos focos principais dentro do que é chamado de novas mídias.
O que se faz necessário com a internet é saber seperar o bom do ruim. Os webmasters podem desenvolver sites que visam acrescentar com conhecimento, com boas ideias para o desenvolvimento critico. Por outro lado eles também podem criar sites sem interesse público. Com as redes sociais não é diferente. É preciso que se tenha um filtro para que o grande público possa receber informações e conseguir utilizar a ferramenta de forma racional e útil.
O Twitter hoje é uma plataforma mundial capaz de disseminar notícias e informações que podem mudar o rumo de algum fato. Recentemente as atenções viraram para o Japão, país que foi vítima de terremoto com magnitude 9 na escala richter, provacando tsunami. Sua consequência com mortes, desabrigados e destruição do país oriental não ficou arquivada apenas pelas imagens de emissoras de televisão e dos fotografos de agências de notícias. A população local postou informações e notícias dentro do microblog – como é conhecida a rede social em questão – e virou fonte para as emissoras ocidentais.
Já na Líbia, a revolta popular ganhou força não só dentro de suas fronteiras, mas também em todo o mundo, por meio do twitter e, neste caso, principalmente pelo Facebook, a rede social mais popular no país. Os opositores ao ditador da Líbia ganharam voz e saíram às ruas e, por consequência, foram apoiados por países que já possuem a democracia estabelecida.
O caso do Brasil é um pouco mais amplo, já que sua população é fascinada por redes sociais. A primeira a ganhar fama foi o Orkut, que ainda hoje é a que mais tem usuários cadastrados no país. A inserção de brasileira foi tão maciça no orkut que os americanos e pessoas de outras nacionalidades acabaram saindo da rede. No orkut, temos exemplos de grandes movimentos que saíram das páginas da web e foram para as ruas. A torcida do Cruzeiro, por exemplo, criou uma campanha dentro da comunidade oficial para levar flanelas ao Estádio do Mineirão em um jogo contra o Atlético-MG. O resultado foi inumeras flanelas laranjadas nas arquibancadas.
Agora o importante é ficar atento com os excessos. Brigas de torcidas organizadas, casos de pedofilia e de outros crimes são iniciados no Orkut. A Polícia Federal e a justiça brasileira já punem com rigor tais atrocidades.
As pessoas podem utilizar hoje da internet para conseguir seu novo emprego. E não só isso. O mundo online cria novas profissões, como é o caso de analistas de mídias sociais. Tais profissionais ficam responsáveis por controlar perfis de organizações no twitter, Facebook, Orkut e as outras. E a remuneração é ótima. Uma notícia veiculada no Estadão, conta que estágiarios na área ganham R$ 700 e os profissionais contratados podem ganhar até R$ 8 mil.
O que jornalistas e profissionais da comunicação questionam é o fato de que nem sempre são esses os responsáveis por trabalherem com esse cargo. O fato é: a mídia social é para todos e, com isso, as outras áreas, como a tecnologia da informação, são gabaritados para utilizar as novas tecnologias. A diferença que os jornalistas possuem é fazer das redes sociais uma prática jornalística capaz de transmitir com esse viés notícias e fatos de interesse público.
A tenêndia de ficar offline é muito grande para quem não estiver dentro das redes sociais. Todos que são da área da comunicação devem se atualizar sempre sobre as novas tecnologias e novas mídias. A população cada vez mais “compra” a ideia das novas midias. Para as empresas jornalisticas e seus profissionais basta saber vender seu produto variando de acordo com a plataforma utilizada.