
Mary e Max: uma animação diferente
Daiara Baldoni - JRN7A
Mary tem oito anos. Não tem amigos. Sofre de Bullying na escola e acredita que sua aparência é responsável pela não aceitação das pessoas. Sua família não lhe dá a devida atenção, sua mãe é alcoólatra e o seu pai passa mais tempo com “seu hobby” de colecionar passarinhos empalhados. A vida de Mary é triste, salvo pelo seu galo de estimação e sua lata de leite condensado devorada enquanto assiste ao seu programa de TV favorito. Mary é muito solitária e queria muito ter um amigo. Tudo muda quando...
Max tem 44 anos. Não tem amigos. Quando tinha seis anos, seu pai abandonou sua mãe, que suicidou. Faz análise, mas não adianta. É obeso e tenta perder peso. Come compulsivamente quando enfrenta alguma situação inesperada. Sofre de Síndrome de Asperger. Tem dificuldade em se relacionar com as pessoas e nunca teve uma namorada. Sua vida é triste. Ele é muito solitário, mas tudo muda quando...
Baseado em fatos reais, Mary e Max – Uma amizade diferente, conta duas histórias que se cruzam pelo acaso, fazendo dos personagens melhores amigos mesmo vivendo em continentes diferentes. Uma amizade que alcança 20 anos de dúvidas, inquietações, medos e sonhos.
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Entrando em temas pesadões, como suícidio, homossexulidade, alcoolismo e doenças psicológicos, o filme nos leva, em uma hora e 40 minutos, por uma viagem a nosso passado e dentro de nós mesmos. A complexidade de nossos sentimentos vem à tona, quando entedemos o qual difícil foi passar pela aceitação da infância e nos tornar adultos aparentemente normais.
Dirigido pelo premiado Adam Elliot, que em 2004 ganhou o Oscar de melhor curta de animação, Mary e Max possui um roteiro impecável e pela complexidade de seus temas é pouco indicado para crianças. Os personagens e cenários perfeitos são constituídos através da técnica do Stop Montion, ou seja, tudo feito de massa de modelar. A técnica se baseia quando os modelos são movimentados e fotografados quadro a quadro.
Primeiro longa-metragem do diretor, a animação tem sido muito aclamada pela crítica e ganhou o prêmio de melhor longa do Anima Mundi 2010. Para quem assiste, não tem como não se deixar levar pela história e no final, aquela vontade de chorar permanece com um sorriso bobo no canto da boca, achando que viu a coisa mais linda do mundo.
CURIOSIDADES:
- O filme esteve entre os 20 pré-selecionados ao Oscar 2010.
- A música usada na abertura do filme é a "Perpetuum Mobile" da Penguin Cafe Orchestra.
- O filme foi premiado com o Grande Prémio de Melhor Animação em 2009 no Festival Internacional de Animação e com e o "Cristal" grande Prémio de Melhor Animação no Festival de Animação francesa de Annecy.
- Ganhou o prêmio Screen Ásia-Pacífico para a Melhor Longa-Metragem Animada 2009.
FICHA TÉCNICA:
SAIBA MAIS:
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- Veja a crítica do filme no G1
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Para constratar as cores terrosas da Austrália com as cores cinzentas de Nova York (5)
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