Limite: deve ser logo ali
Por Assíria Mirra
Midias sociais, assim é conhecida a quantidade de meios pelo qual a maioria das pessoas usam para se comunicar nos dias atuais, no terreno virtual, ou seja, pela internet.
O ser humano se estabelece a partir de suas relações socias, e mesmo que queira não pode se cristalizar em uma etapa da vida. Talvez pareça estranho, mas a palavra é essa cristalizar. Porque mesmo quando criança, ele cria e sofre influência da cultura predominante na sociedade onde vive.
Hoje em dia a evolução tecnológica está presente na vida da maior parte da população do mundo. Tentar fugir disso, pode ser quase impossível. De acordo com entrevista dada pelo o ex-jornalista da “Fortune”, David Kirkpatrick ao Observatório da Imprensa no dia 23/02/2010, estamos vivendo uma “nova filosofia de progresso”, que resumindo quer dizer que, qualquer tipo de progresso precisa aceitar a mudança exponencial na tecnologia.
Pois é, junto com essa evolução tecnológica as mídias sócias, como Orkut, MySpace, Twitter, facebook e vários outros, vão se incorporando à cultura de seus usuários. E olha que, até a uns 20 anos atrás essa comunicação era feita apenas por cartas que eram postadas no correio, ou por telefone.
Essa abrangência de meios para se comunicar parece não ter limites, a cada dia um “passo novo”. Estaá certo quando os admiradores dessa avalanche de redes sociais dizem que elas vieram para facilitar a vida, porém vale ressaltar, se bem utilizada.
Conforme ressalta o autor do livro, o Jornalismo e as Mídias Sociais, Evandro de Assis, essa avalanche também tem vínculo com o processo que se desenvolve nas sociedades, do desejo de ser e ter.
A indústria cultural faz a roda da economia girar em qualquer lugar do mundo, é o ser humano com o sua característica de nunca estar saciado que garante esse funcionamento. As mídias sociais, são também como essas ferramentas, garantindo a continuidade do processo da industria cultural. Muitas pessoas podem se perguntar por que, e quem traz a resposta é Julia Angwin, editora de tecnologia no “Wall Street Journal”. Em uma de suas declarações a um jornal brasileiro, Agwin, esse é um novo mercado econômico.
Mercado esse que garante ao Facebook por exemplo, 500 milhões de usuários. A maioria dos usuários do Facebook por exemplo, se depara com um número considerável de jogos, que permitem ao internauta ter uma casa linda, roupas bonitas e até uma cidade. É isso mesmo, esse é o novo cenário econômico do qual Agwin está falando.
Não mesmo importante está a convergência das mídias. As empresas de comunicação, hoje em dia precisam de profissionais cada vez mais capacitados para, fazer um texto jornalístico, produzir imagens, áudio e conteúdo para internet.
Com o surgimento dessas redes sociais, os usuários da internet encontraram espaço para construir conteúdo, e interagir com as empresas de rádio, televisão e jornal impresso, até opinando no conteúdo do seu produto.
Está ficando cada vez mais escasso a possibilidade dos profissionais dessa e de qualquer área não saberem interagir com essas ferramentas.
Jornalistas, redatores, fotógrafos, sabem que hoje em dia não existe mais um furo de reportagem, afinal de contas, qualquer ser humano com um celular que tenha internet e uma câmera digital, consegue fazer um vídeo e espalhar a informação pelo mundo todo através do youtube por exemplo, sem nem mesmo ter conhecimento teórico da profissão jornalística.
A privacidade por sua vez, deve ser o problema mais agravante desse fenômeno da comunicação que está aumentando a cada dia. Parece que estamos caminhando para um mundo onde não mais existirá as várias senhas do tipo que temos hoje. Isso pode ser uma questão que talvez, os criadores dessas redes sociais, tenham que se preocupar mais. Buscar meios de oferecer privacidade aos seus usuários.