Bom senso virtual: Jornalista X Facebook
Bom senso virtual: Jornalista X Facebook
Repórteres misturam vida pessoal com profissional, na Web.
Por Camila Falabela, Júnior Moreira e João Paulo Vale
As redes sociais estão cheias de celebridades, músicos, chefes de estado e também os jornalistas. O uso do Twitter pelos profissionais da comunicação é alto e é quase impossível não encontrar um jornalista com uma “@” antecedendo o seu nome de usuário. O Facebook também não fica para trás, vários repórteres e apresentadores têm lá o seu perfil.
A questão é: como esses profissionais atuam nessas diversas redes sociais e principalmente no Facebook? Bom, os modos de atuação variam bastante. É possível detectar diferentes tipos de uso dos perfis dentro das redes. Alguns têm somente pelo desejo de ter ou simplesmente para divulgar a vida pessoal. Outros utilizam apenas para fins profissionais, que podem variar entre uma forma online de entrar contato com diversas fontes e até mesmo para facilitar a interação entre leitor e jornalista.
O próprio facebook já se atentou para o grande uso do site pelos profissionais de comunicação. Entre a infinidade de casos de jornalistas nas redes sociais, eis uma situação que pode ser fonte de um problema: quando os perfis misturam conteúdo profissional e pessoal. Para atender a demanda desses profissionais, o site criou uma página exclusiva para eles. O "Facebook And Journalists" permite ao usuário criar um perfil somente para fins profissionais, independente do perfil pessoal, o que pode ajudar esses repórteres a separar a vida pessoal da profissional.
Depois de uma pesquisa em vários perfis de jornalistas encontramos inúmeros exemplos de bom uso da ferramenta. Entre eles, o que mais chamou a atenção foi o perfil da repórter Camila Dias (Rádio Itatiaia e TV Band Minas). As reportagens da jornalista são, na maioria das vezes, de crimes e mortes e as imagens destes fatos são divulgadas por ela em seu perfil. Nos álbuns encontram-se fotos de corpos atingidos por bala, pessoas carbonizadas e acidentes. As fotos estão divididas em dois álbuns, um com 200 fotos e o outro com 17 e intitulados, “Cotidiano - Cenas fortes”. Essas imagens, que até então seriam de um perfil profissional, se misturam com fotos pessoais.
Com a adesão de tantos profissionais do meio, as empresas de comunicação começaram a administrar essa utilização. Uma medida adotada por vários veículos, incluindo um dos maiores jornais do Brasil, a Folha de São Paulo e o portal do mesmo grupo, o UOL, estabelece normas para o uso de redes sociais pelos jornalistas. De acordo com as empresas, o ideal é que eles não manifestem suas posições políticas e, muito menos, antecipem reportagens que ainda não foram publicadas. Alguns profissionais afirmam que, após a criação dessas regras, os jornalistas passaram a publicar menos conteúdo nas redes sociais.
Mas, apesar de todas as normas, o velho e bom senso, agora chamado de “bom senso virtual” precisa ser usado. Em entrevista ao site do canal GNT, a psicóloga-clínica Daniela Pinotti comenta que as pessoas ainda estão aprendendo a lidar com a influência das redes sociais no dia a dia, mas é preciso colocar em prática a sensatez também no espaço virtual. “Achamos que as redes sociais parecem a sala de nossa casa, mas não são. E também não é todo mundo que convidamos para entrar em nossa casa”.
Saiba mais:
-UOL orienta uso de redes sociais pelos jornalistas
-Conheça uma ferramenta do Facebook feita exclusivamente para jornalistas
-Guia para jornalista para o Facebook
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Tópico: Jornalistas famosos X Redes sociais
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