Integração mundial

21-03-2011 20:46

Por Nathália Faria

O momento em que as redes sociais conectam as mais diversas culturas, em busca de ações para um mundo melhor.

Desde que o mundo é mundo, sempre existiram furacões, enchentes, revoluções, e transformações que mudaram os rumos das histórias. Fatos marcantes sempre aconteceram a cada segundo, mas antigamente uma pessoa só ficava sabendo do que havia ao seu redor.

O homem sempre esteve em interação com seus semelhantes, sempre sentiu necessidade de se comunicar e ser comunicado. Dizem que a primeira troca  de mensagens aconteceu na Grécia antiga, antes de Cristo, quando um general mandou um mensageiro para comunicar aos cidadãos atenienses a vitória sobre os Persas.

Milhares de anos depois, com a imprensa, as pessoas começaram a ver o que acontecia em outras cidades, em outros estados e países. Sempre correndo contra o tempo, os jornalistas mostravam as mais diversas culturas. Até pouco tempo atrás, um acontecimento nos EUA, por exemplo, virava notícia no Brasil após uma semana, um dia, ou até mesmo algumas horas.

Depois do surgimento da internet, a informação foi chegando mais rápido, pessoas diferentes foram se conectando, e os formatos do jornalismo tiveram que se adaptar. As redes sociais começaram a se formar e mostrar uma nova realidade.

De repente, as pessoas passaram a se guiar pelo que acontece com outras vidas pelo mundo afora. É certo que umas influenciam outras e, como diz o efeito borboleta, de 1963, “o bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão do outro lado do mundo”.

Agora imagine que hoje de manhã milhões de borboletas bateram asas, provocaram tufões em várias partes do mundo e, exceto quem estava envolvido, ninguém ficou sabendo. Acredita?

Se você vive no mesmo mundo que eu, é claro que não acredita. Vivemos um momento em que as mídias sociais refletem sentimentos de todas as partes do planeta, ações em conjunto na internet derrubam ditaduras, como no caso do Egito, e líderes são chamados para intervir em países como a Líbia.

É impossível acontecer algo relevante em qualquer país, e nós aqui no Brasil não ficarmos sabendo.

O caso do terremoto, seguido por Tsunami, no Japão, marcou o campo jornalístico. As redes sociais foram as primeiras a dar a notícia, e rapidamente twitter, facebook, entre outras redes, traziam os pensamentos dos personagens envolvidos na tragédia.

Mais uma vez, os jornalistas tiveram que desdobrar para mostrar o desenrolar do caso, e mais do que isso, trazer novas abordagens para tratar o que o “o povo” estava discutindo.

Bonito nessa história foi ver uma verdadeira mobilização para ajudar as vítimas do Japão. Pessoas de todo o globo, ações das grandes empresas, como a Apple e a Microsoft, integradas às ações das potências mundiais, mostraram o que é ser uma rede e como estão todos conectados.

Mais uma vez, o homem sente necessidade de se comunicar, e pelo visto também sente necessidade de ajudar seus semelhantes.

 

Dê sua opinião

Data: 24-03-2011

De: Karine

Assunto: Crítica

Nathália,

Acredito que as novas mídias sociais transformaram o nosso modo de pensar, de agir e de se comunicar. É interessante refletir, como você fez, como há alguns anos tudo o que acontecia fora do nosso alcance não chegava até nós. Uma notícia que vinha de outro país jamais chegaria a um brasileiro.

E hoje? Como essa linha de pensamento se modificou. Os acontecimentos são transmitidos em tempo real, por meio das mídias sociais. E mais que isso. Atualmente, os internautas comentam os fatos, interagem e mostram a sua opinião em uma rede que milhões de pessoas têm acesso.

Realmente, é muito interessante pensar também que as pessoas estão utilizando estes novos meios de comunicação para praticarem ações solidárias, ajudando o próximo. Vimos aí o caso do Japão, que é um exemplo perfeito. As pessoas estão compreendendo que existem várias formas de se praticar boas ações. Porém, é preciso pensar também ''que de boas intenções, o inferno está cheio''.

Então, Nathalia, como os meios de comunicação devem utilizar as mídias sociais sem quererem se promover? O que é preciso para realmente praticar ações solidárias, sem transmitir uma mensagem de divulgação de si próprio?

Data: 28-03-2011

De: Nathália Faria

Assunto: Re:Crítica

Concordo com você, Karine. As mídias sociais são grandes canais para boas ações. No entanto, esses canais têm sido usados para as empresas se divulgarem, inclusive as empresas de publicidade hoje criam ações “voluntárias” para as marcas serem destaque na rede.

A meu ver, a única maneira de uma empresa promover ações sem envolver sua marca seria ocultando a mesma, o que é impossível em redes como facebook, twitter, entre outras.

As ações solidárias que estão sendo iniciadas pelas mais diversas empresas, como foi o caso da Microsoft e da Apple, por um lado estão interessadas em promover a marca,mas por outro estão unindo as pessoas e ajudando a quem precisa.

Vejo isso como uma troca, e penso que se essas empresas estão de fato ajudando, não há problema em estarem tendo suas marcas promovidas. Lembrando sempre que empresas, em geral, visam lucro e não humanidade.

Data: 24-03-2011

De: Lorena

Assunto: Mídias Sociais e Jornalismo

Bom texto e edição, Nathália.

Ao final das publicações sempre vamos inserir um Fórum, chamado de Dê sua opinião, ok?


Minha pergunta pra você: como a imprensa local tem trabalhado com Twitter e Facebook. Dê exemplos e faça uma avaliação crítica.

Data: 28-03-2011

De: Nathália Faria

Assunto: Re:Mídias Sociais e Jornalismo

Analisando por dois ângulos a imprensa:

Primeiro, vejo a imprensa local sem muito destaque no twitter, no quesito devulgação de notícias. Jornais locais parecem copiar as notícias mais relevantes dadas por perfis como o G1 e outros da imprensa nacional.

Meio a um bombardeio de informação, há por um lado muitas notícias locais que só aparecem no twitter para manter a ideia de atualizações por segundo. E por outro, há jornais, como o Estado de Minas que não mantêm uma periodicidade no twitter e chegam a ficar 10 dias sem atualizar.

O "O Tempo Online" faz umas coberturas multimídia muito interessantes e faz um bom trabalho de atualização, mas no facebook não há nenhum perfil de imprensa com popularidade. Até porque, perfis como o do "O Tempo" não trazem nada de interessante para o espaço dos usuários do Facebook. É necessário que a imprensa local encontre uma linguagem pra falar com esses usuários.

Segundo, vejo a imprensa utilizando intensamente o twitter para buscar personagens para as matérias, o que tem funcionado muito. O perfil @ajudeumreporter, por exemplo, é hoje muito usado pelos jornalistas para encontrar os mais diversos personagens.

A Tv Horizonte, por exemplo, conta com o twitter para a maioria de seus programas, para pesquisar temas e encontrar histórias interessantes.O programa Caleidoscópio usa o twitter durante a sua exibição , conversando e respondendo as perguntas dos espectadores. O que aproxima a produção de seu público.

Muitas vezes os perfis de imprensa usam o twitter apenas para twittar as notícias, sem abrir um diálogo com o público. Acredito que essa relação possa ser mais estreita, beneficiando os dois lados.

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