Índices de Câncer infantil no Brasil em 2009

04-05-2012 22:00

Por Jessika Viveiros e Henrique Arruda

 

Até o final de 2012, cerca de 384.340 novos casos de câncer devem ser registrados no Brasil, ignorando previsões relativas aos dados dos tumores de pele não melanoma. Desse número, cerca de 3%, ou seja, 11.530 registros devem corresponder ao câncer infantil, encontrado na população de 1 a 19 anos de idade. A estimativa é o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que aponta que a incidência de tumores malignos na infância é maior em indivíduos do sexo masculino.

 

Os índices brasileiros, porém, não são considerados altos em relação a outros países. O índice mundial, por exemplo, varia de 1 a 3% do total de tumores registrados.  A mesma pesquisa aponta também que em países em desenvolvimento, onde a população infantil chega a 50% do total, o câncer infantil representa de 3 a 10% dos registros de tumores. Já em países desenvolvidos, a taxa cai para 1%.

 

Apesar de ser considerado um percentual razoável, o câncer infantil é preocupante no país, visto que o Brasil possui uma população relativamente jovem. De acordo com estimativas do Inca, cerca de 33% dos brasileiros estão abaixo dos 19 anos. Além disso, dados do Inca apontam que o câncer pediatrico é a segunda principal causa de óbito infantil no Brasil, ficando atrás apenas de mortes por acidentes e violência. A média anual de óbitos decorrentes de tumores no país é de 9.000 casos.

 

Segundo o banco de dados do Instituto Nacional de Câncer, em 2009, ano da última pesquisa, foram registradas 2.915 mortes entre indivíduos de 1 a 19 anos. Número que cresceu, se comparado ao ano anterior, quando foram registradas 2.840. Para se ter uma ideia, em apenas 7 capitais brasileiras (Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife e Salvador) foram 421 ocorrências, o que representa quase 15% do total, sendo Porto Alegre a cidade com menor índice, 17, e São Paulo com o maior número de registros, . Em Belo Horizonte, foram 40 registros em 2009.

 

Apesar da alta porcentagem de óbitos infantis relacionados ao câncer, a prevenção sem dúvida é a melhor ferramenta para contornar esse índice. Segundo o Instituto Ronald McDonald, a chance de cura da doença ultrapassa 65%, podendo chegar a 85% dos casos diagnosticados na fase inicial. Dado que mostra como a taxa de mortalidade vem diminuindo nas últimas décadas: há 30 anos, a chance de cura era de apenas 15%.

 

Abaixo o mapa de algumas cidades e sua taxa de óbito de câncer infantil no ano de 2009


Visualizar Câncer Infantil em um mapa maior

 

Saiba Mais:

 

Instituto Nacional de Câncer (INCA)

Instituto do câncer infantil no Rio Grande do Sul

Instituto Ronald McDonald

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