
Humano ou demônio: a desconstrução de Hitler
Filme relata os momentos finais do ditador Adolf Hitler, em que contextualiza sua relação com seus subordinados e parentes
Cristiano Pereira Souto- JRN7
Imagine se algum dia, você descobrisse que o ditador alemão, Adolf Hitler, um dos mais perversos personagens sanguinários da nossa história apreciasse chocolate, gostasse de crianças, tivesse cachorros de estimação e fosse um galanteador com as mulheres em seus olhares.
Ficou abismado? Este é hitler retratado no filme “A Queda- As últimas horas de Hitler”, uma obra do diretor Oliver Hirschbiegel, baseada no documentário (Eu Fui a Secretária de Hitler), em que Traudl Junge fala da sua história vivida como secretária, nos últimos momentos de vida do ditador.
Traudl Junge (22 anos) de Munique é escolhida entre várias candidatas ao cargo de secretária de Hitler. Em 20 de abril de 1945, agora confinado em seu 'bunker', Adolf Hitler completa 56 anos de idade.
O Exército Vermelho inicia o cerco final à Berlim, avançando em direção ao centro da cidade em meio aos escombros e a artilharia. Eram mais de dois milhões de soldados russos contra cerca de cem mil nazistas, boa parte deles formada por crianças e jovens recrutados na última hora.
No 'bunker', ao lado de sua companheira Eva Braun e de alguns de seus assessores mais próximos, o Fuhrer aposta suas últimas fichas no regime por ele instalado no país. Assim, insistindo em arrastar para a sua própria tragédia à população de Berlim, dispensa os conselhos do Comandante da SS e da Gestapo, Heinrich Himmler, de fazer um acordo político com os aliados, para minimizar as consequências da ocupação soviética e evitar as enormes baixas de civis em um combate sem sentido. Quando, finalmente, a situação se torna insustentável, ele chama sua secretária, Traudl Junge, para datilografar seu testamento, por ele ditado.
Em seguida, numa pequena cerimônia, ele se casa com Eva Braun, prepara o suicídio dos dois e ordena a um dos seus comandados para queimar seus cadáveres a fim de que os mesmos não venham cair nas mãos dos aliados. Era 30 de abril de 1945.
Seguindo os passos de Hitler e Eva, Magda Goebbels, seda os seus seis filhos pequenos e os mata, um por um, com cápsulas de cianureto, por não admitir que eles venham a viver num mundo sem o nacional-socialismo.
O filme propôs contextualizar o lado humano de um ditador que ficou marcado na história por suas atrocidades contra judeus e outros, que ele considerava expugnados.
Hitler tinha família; filha, esposa, cunhado e netos, e com eles seus principais aliados, o Fuhrer mostrava-se afetivo e carinhoso, descaracterizando o lado demonizador e realçando seu lado humanizador. Se a história convenceu a opinião pública? Assista ao filme e obtenha a resposta.
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CURIOSIDADES:
Bruno Ganz treinou o sotaque típico de Hitler tendo o auxílio de um jovem ator, que nascera na mesma área em que o líder alemão. Além disto o ator estudou o comportamento de pacientes que sofriam do mal de Parkinson em um hospital suíço, ainda antes do início das filmagens.
Dizem por aí, que A queda! As últimas horas de Hitler (Der Untergang
FICHA TÉCNICA:
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SAIBA MAIS:
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-58349/creditos/
https://www.65anosdecinema.pro.br/2242-A_QUEDA_-_AS_ULTIMAS_HORAS_DE_HITLER_(2004)
https://www.cinemaemcena.com.br/plus/modulos/filme/ver.php?cdfilme=4275
LEIA TAMBÉM:
https://www.cineplayers.com/critica.php?id=483
https://oblogdozarko.wordpress.com/2009/12/27/a-queda-as-ultimas-horas-de-hitler/
https://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=443
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Questionário
Qual sua opinião sobre a atuação do ator Bruno Ganz representando Adolf Hitler?
Excelente. Ele incorporou o personagem em corpo e alma. (6)
Razoável. Ele deveria ter personificado mais a figura do ditador. (7)
Ruim. Apesar de ser parecido fisicamente, Ganz não mostrou identificação com o personagem. (8)
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