Desde a década de 1970 que os videogames estão presentes na vida das pessoas e a cada ano traz uma novidade
Por Pedro Costa e Rafael Rocha
Quem acha que os videogames são de exclusividade do século XXI, está enganado. O primeiro jogo virtual feito pelo homem foi o Tennis for Two, em 1958! Mas, não foi lançado comercialmente, pois se tratava apenas de um experimento, apenas um pequeno teste durante o início da era da informática. O jogo era bem simples. Um ponto piscando representava a bola e os jogadores controlavam seu movimento por cima de uma linha vertical que representava a rede. Não havia na imagem a representação dos jogadores, apenas da “bola” e da “quadra” de tênis, numa vista lateral.
Outras iniciativas do gênero ocorrem ao longo dos anos 60, mas foi só em 1972 que apareceu o videogame com fins comerciais, como existem hoje. Obviamente, não com a mesma capacidade de realismo que os atuais são capazes de proporcionar aos jogadores, mas o aparelho conectado a TV feito para, exclusivamente, entreter as pessoas, nasceu nesta data. E foi com o Magnavox Odissey (conhecido também como "brown box"), da empresa americana de televisores Magnavox. A ideia era criar a melhor “televisão do mundo”.
O Magnavox Odissey, portanto, representou o marco, a chamada Primeira Geração dos videogames. Do distante ano de 1972 até 2011, os consoles passaram por sete “gerações”, como veremos a seguir:
Primeira Geração: Compreende os consoles lançados entre os anos de 1972 e 1977, dentre os quais se destacam o Magnavox Odyssey e o Pong, bem como o Coleco Telstar. Essa primeira geração se encerrou com a popularização do uso de microprocessadores nos aparelhos posteriores.
Segunda Geração: Todos os consoles de 4 bits lançados entre 1976 e 1984. Destaque absoluto para o Atari 2600 que vendeu 30 milhões de unidades no mundo inteiro e consagrou jogos como Pac-Man, Donke Kong e Space Invaders. O Odyssey 2 é outro console da época, mas com pouco destaque.
Terceira Geração: O Nintendo Famicom (“Nintendinho”, como era chamado no Brasil) foi o primeiro console com processador de 8 bits lançado, em 1983, no Japão. Sucesso absoluto de vendas (60 milhões de unidade vendidas), ele deu início à terceira geração que foi até 1992. Destaque, também, para o Master System, da SEGA.
Quarta Geração: Apesar da Terceira Geração ter acabado apenas em 1992, a Quarta começou em 1987, com o TurboGrafx-16, primeiro console 16 bits. Entretanto, foi um fracasso comercial. O Mega Drive da SEGA, lançado em 1988, e o Super Nintendo, de 1990, “salvaram” esta geração, com jogos que agradaram os consumidores, principalmente por conta da qualidade gráfica. Esta geração foi até 1996.
Quinta Geração: Esta geração, compreendida entre os anos de 1993 a 2002 teve dois grandes fenômenos – tanto no aspecto tecnológico, quanto comercial. O Playstation, da Sony, de 32 bits, inovou ao trocar o cartucho pelo CD-ROM, e o Nintendo 64, tinha capacidade de processar 64 bits. Juntos, os dois venderam cerca de 140 milhões de unidades no mundo.
Sexta Geração: Compreende alguns dos consoles lançados a partir de 1998, mais especificamente o Sega Dreamcast, o PlayStation 2, o Nintendo GameCube e o X-Box. Essa sexta geração é marcada pela entrada da gigante americana Microsoft no mercado dos videogames, bem como pelo fato de ser a última geração de aparelhos na qual a Sega ainda atuava na área de consoles. Porém, destaque absoluto para o Playstation 2, que vendeu mais de 140 milhões de unidades no mundo, sendo que até hoje é produzido.
Sétima Geração: Atual fase dos consoles. Foi iniciada em 2005, com o lançamento do Xbox360, da Microsoft. Destaque também para o Playstation 3, da Sony, e do Wii, da Nintendo. A convergência com a Internet é a grande marca registrada destes consoles, uma vez que o usuário pode adquirir jogos através da rede, ao invés de obtê-lo por meio de uma mídia, como DVD ou Blu-Ray. Os gráficos e a capacidade de processamento das máquinas, além de acessórios (como o Kinect e o Move, do Xbox360 e Playstation 3, respectivamente) são os pontos fortes desta geração.