
Ética como roteiro na terra de ninguém
Bom senso determina conduta de jornalistas nas redes sociais
Ana Beatriz Von Sucro, Ana Flávia Tolentino Tornelli e Thayane Ribeiro
A internet é uma terra sem lei e sem dono. Mas até onde vai toda essa exposição e liberdade proporcionada via web? Como diria o velho ditado popular: “a sua liberdade termina onde começa a do outro”.
Cada vez mais utilizadas por jornalistas, como estratégia de divulgação de informação e ferramenta de trabalho, as redes sociais também precisam ser delimitadas pela ética, que na web vai mais pelo bom senso do que propriamente por leis.
Segundo a professora Raquel Recuero, da Universidade Católica de Pelotas, os profissionais que trabalham com redes sociais, seja orkut, facebook, twitter, ou qualquer outro aplicativo, devem saber utilizá-las com educação, “o que é colocado nas redes é publicado, se torna público, tem que haver bom senso e senso democrático, tem que pensar no que escreve.”
O mesmo respeito que se deve ter com o leitor, ouvinte ou telespectador, nas mídias convencionais, deve-se ter com qualquer receptor que acesse aquilo que é publicado na web. Algo deve sempre gritar na mente daqueles responsáveis pela divulgação de conteúdos: se foi colocado na rede, torna-se público.
A ética que permeia a conduta do jornalista nos meios de comunicação tradidionais deve ser a mesma que conduz o fazer jornalístico na rede. As conseqüências, portanto, causadas pelo mau uso da web, também devem ser enfrentadas como em qualquer outra mídia.
Além disso, a apuração de notícias nas redes sociais exige um cuidado ainda mais especial, que muitos jornalistas ainda não aprenderam a ter. Embora possibilitem a difusão e integração das informações, sugerindo pautas para os diferentes veículos dentro do jornalismo, nem sempre as redes sociais são confiáveis.
Saber selecionar aquilo que é verdadeiro, confiável e credível, é uma habilidade que os profissionais do jornalismo ainda devem adquirir. O jornalismo deve tratar as redes sociais como uma ferramenta determinante para o bom rendimento do trabalho, pela rapidez, variedade e instantaneidade dos fatos. Mas devem lembrar que os mesmos velhos conceitos aplicados desde a regulamentação da profissão jornalística, devem continuar valendo, mesmo com o surgimento de novas mídias e novas maneiras de se pensar o mundo.
Saiba mais:
- Vídeo sobre redes sociais na internet
- Artigo: O ciberespaço como fonte para jornalistas
- Artigo: Confiabilidade, credibilidade e reputação: no jornalismo e na blogosfera
Leia também:
- Um caso “exemplar” : quem disse que Internet é Terra de Ninguém ?
Tags:
Tópico: Ética como roteiro na terra de ninguém
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————
—————