DIEESE faz levantamento sobre a situação da mulher brasileira

Mapa da violência contra a mulher por região do Brasil

 

Visualizar Agressão física em domicílio, por gênero em um mapa maior

Relatório do DIEESE mostra que os homens apanham na rua e a mulher em casa 

Por Bianca Nazaré e Arlene Almeida

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) lançou em 2011 o Anuário das Mulheres Brasileiras, relatório que mostra a situação socio-econômica feminina no país. O estudo mostra a posição da mulher no mercado de trabalho, salário, conquista feminina do poder no emprego e na política,  participação em partidos políticos e sindicatos, nível de escolaridade, saúde e os números relativos à violência contra a mulher no país.
 

Comparando os dados da violência, relativos à distribuição de pessoas que sofreram agressão física, segundo o local, coletados nas maiores regiões do Brasil pelo IBGE, em 2009, os homens sofrem mais agressões em vias públicas do que em outros lugares: na região norte 62,2% dos agredidos nas ruas são homens e 37% são mulheres; na região nordeste 58,1% são homens e 36,6%  são mulheres.

No sudeste são 57,1% de homens para 37,1% de mulheres agredidos; no sul 51,9% homens e 37% mulheres; no centro-oeste 45,9% homens e 35,4% mulheres. Considerando o total, o Brasil tem 56,4% de homens que sofrem agressões em vias públicas, enquanto 36,8% das vítimas são mulheres.
 

O papel se inverte quando a agressão física acontece na própria residência. Segundo o estudo do IBGE, em 2009, 43,4% das mulheres foram agredidas na própria residência, na região norte, enquanto 11,2% dos homens sofreram agressão. Na região nordeste, 47% das vítimas foram mulheres e 12,9% homens.

No sudeste, foram 40,6% mulheres agredidas para 10,9%  homens. Na região sul, 39,7% mulheres para 14,1% homens e no centro-oste 45,2% mulheres e 13,5% homens. Os dados globais indicam que 43,1% de mulheres sofreram agressão dentro da própria casa, enquanto 12,3% das vítimas foram homens, no Brasil.
 

Analisando os dados do anuário é possível perceber que essas agressões contra a mulher partem, principalmente, do cônjuge ou do ex-cônjuge. O estudo feito com mil participantes de cada região, maiores de dez anos, mostra que na região norte 27,7% das mulheres foram agredidas pelo companheiro ou ex-companheiro, enquanto 2% dos homens foram vítimas da companheira ou ex. No nordeste, os números são  29,1% mulheres e 2,1% homens.

No sudeste, são 22,4% mulheres e 2,1% homens. No sul, 28,5% mulheres e 1,7% homens, enquanto na região centro-oeste 25% de mulheres contra 1,8% de homens. No Brasil, segundo o estudo, 25,9% das mulheres são agredidas pelo cônjuge ou ex-cônjuge e 2% são homens agredidos.

SAIBA MAIS:

Site da Secretaria de Políticas para as Mulheres

Dados sobre a violência contra a mulher

Endereços de delegacias especializadas de defesa da mulher no território nacional

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Sobre a CPMI da Violência Contra a Mulher

Casos de violência contra a mulher em Minas Gerais (reportagem do MGTV)