"Day & Age" - Sem mudar de estilo, Killers abre o leque de sons no 3º álbum

25-10-2010 15:44

The Killers apresenta Human, ao vivo, em Londres

EMERSON RODRIGUES / JRN7B

@caminhodogol

Há 8 anos na estrada, o quarteto norte-americano The Killers está em ascenção na cena pop mundial. Depois de emplacar sucessos como Somebody told me e Mr. Brightside, os músicos de Las Vegas acrescentaram outros ingredientes no 3º trabalho intitulado Day & Age.

Uma característica do Killers é a sonoridade que lembra, e muito, as bandas inglesas. Isso tem um motivo: a admiração do cantor Brandon Flowers e do guitarrista Dave Keuning pelo Oasis. O projeto autoral e a formação do grupo aconteceu numa época em que os holofotes da mídia estavam voltados para os Strokes e o próprio Flowers foi influenciado pelo jeito de cantar de Julian Casablanca.

Antes da chegada a Day & Age, o Killers colocou na praça Hot Fuss, o álbum de estréia, em 2004 e, dois anos mais tarde, Sam's town, ambos com o aval da gravadora Warner. Tecnologia melódica, criatividade aliada aos recursos modernos para a fabricação de boa música.

Dentro da linha cronológica de mudanças sutis, o 2º trabalho é mais rico em arranjos de guitarra. Para que isso acontecesse, os efeitos de sintetizadores foram reduzidos.

No recente Day & Age, de 2008, a trupe capitaneada por Flowers e Keuning não abandona a linha do british pop que que a tornou bem aceita na terra da rainha, mas acrescenta ingredientes que mostram maturidade como, por exemplo, solos de saxofone, coro afro e arranjos de violão.

O Killers não é, definitivamente, uma banda que vai marcar a história da música mundial. Trata-se de um grupo que surfa no onda pop e procura fazer bem esse papel.