Contato pessoal, virtual, mundial

17-03-2011 10:42

Por Thaís Casagrande

Pessoas virtuais, informações virtuais, amizades virtuais, este é o mundo que se cria com o grande avanço das mídias sociais e redes de relacionamento. 

 

O público tem como principal ferramenta se comunicar, qualquer um pode ser o emissor da notícia, e esta pode rodar o mundo em questão de segundos. As empresas do ramo jornalístico começam a se alarmar, não poderia ser diferente. Agora basta ter um aparelho conectado a rede mundial de computadores que você pode fazer notícia, algo que até pouco tempo atrás era exclusiva função de um jornalista, profissional que se especializou para fazer aquilo. Nos Estados Unidos, só na última semana de junho de 2008, mil jornalistas perderam o emprego, especialmente em jornais impressos. Algo realmente assustador, mas não está tudo perdido, principalmente no Brasil.

 

De acordo com uma pesquisa inédita da agência JWT, divulgada no dia oito de fevereiro deste ano, durante a Social Media Week, as mídias sociais (blogs, Twitter, Facebook, Orkut e afins) são completamente pautadas pela mídia tradicional. A mídia tradicional, por sua vez, é raramente pautada pelas mídias sociais e, em especial, pelos blogueiros independentes. Isso mostra que realmente não há motivos para se preocupar com o fim do jornalismo de verdade.

 

Ao olhar pelo lado positivo, jamais tivemos acesso a um volume tão gigantesco de informações, devemos agora aprender a conviver com elas. Como disse o autor Evandro de Assis, “a função do jornalista na mídia social permanece a mesma: apurar com exatidão informações de relevância e interesse para o público, empacotá-las de forma atrativa e distribuí-las.”

 

No entanto, muita coisa mudou nessas três etapas. O jornalista deve mergulhar de cabeça no mundo virtual, colaborando com as mídias sociais e procurando formas de surpreender o público, mantendo um relacionamento aberto com as mais diversas redes. Quem hoje é seu leitor, amanhã poderá ser sua fonte para um “furo” de reportagem.

 

Assis também deixa claro que, “a mídia social está finalmente tornando pública a informação, oferecendo-a para quem quiser acessar, consumir, manipular e distribuir do jeito que bem entender.” O fenômeno Twitter nos mostra que com apenas 140 caracteres uma informação pode mudar vidas, tendo um impacto expressivo. Na página, o jornalista pode usá-lo de diferentes maneiras para se beneficiar, seja para conseguir informações de última hora, “furo” de reportagem, fontes para uma matéria, ou até mesmo para monitorar a repercussão e os desdobramentos dos artigos que escreveu.

 

O ano de 2011 está apenas no começo, mas já tivemos grandes demonstrações de como uma rede social pode ser tão poderosa. Nos primeiros dias de conflito na Líbia, o mundo recebia as informações através dos perfis dos cidadãos locais que postavam o que estava acontecendo. Mobilizações eram feitas e os jornalistas, impedidos de entrar no país, apuravam e filtravam o conteúdo que estava exposto nas mídias sociais.

 

A mídia alternativa possui uma força imensurável, ela estava lá ajudando a mobilizar os participantes de inúmeros acontecimentos históricos. Essas novas tecnologias potencializam as pessoas mais do que as ferem. Os anos 90 trouxeram para o mundo uma grande democratização com a quantidade de meios de comunicação eletrônicos, sendo impossível controlar as informações.

 

O comportamento das pessoas, a sociedade em geral está mudando, as ferramentas de comunicação, técnicas e o papel dos jornalistas também se modifica sendo assunto em diversos locais e ocasiões. Mas o fato é que nada é estático, as pessoas, a sociedade, o jornalismo e a comunicação em geral está sofrendo constantes mudanças e aprimoramentos.

 

Está sendo construído um meio de se comunicar e enviar notícias menos dependente de profissionais da comunicação, e por consequência, menos lucrativo. As redações ficam cada vez mais enxutas, e as pessoas são bombardeadas com informações vindas de inúmeros sites com vídeos, fotos, áudios, algumas até sendo transmitidas ao vivo. A internet trouxe tudo o que o leitor procura, e o que mais lhe atrai, além do conteúdo é o fato da notícia ser de graça e estar disponível no momento em que deseja.

 

A grande imprensa ainda tem mais credibilidade que blogs, twitter, as informações via internet ainda não possuem a disciplina da verificação, não checam verdadeiramente a informação, por isso nem toda informação via internet pode ser considerada verdadeira. Assim, o jornalista pode se diferenciar e destacar em meio ao bombardeio de informações que invadem as casas todos os dias, o bom profissional apura e verifica com exatidão todos os detalhes de uma notícia antes de divulgá-la.

 

Vale lembrar que as mídias sociais não favorecem apenas o trabalho do jornalista. Seja você uma grande empresa, apenas um pequeno comerciante ou alguém com ideias que deseja compartilhar, você também pode se beneficiar com a utilização das mídias sociais. A mídia social pode ser definida como novas oportunidades para criar e comunicar com pessoas que se importam. Novas ferramentas estão surgindo para estreitar o relacionamento pessoal das pessoas, mesmo que este seja meramente virtual.

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Data: 22-03-2011

De: Lorena

Assunto: Mídias Sociais e Jornalismo

Thaís,

Você aborda vários pontos importantes e a publicação ficou legal. Só faltou uma revisão mais cuidadosa do texto, com alguns erros de acentuação e concordância. Como o Jornalismo Online não tem editor, é preciso atenção redobrada, para não comprometer a credibilidade da informação.

Lembre-se de sempre inserir um Fórum ao final de todas as suas publicações aqui na revista.

Minha pergunta pra você: como jornais e tevês estão utilizando as redes sociais para comunicação com seu público? Dê exemplos de utilização do Facebook e Twitter.

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