
"Bruna Surfistinha", erótico sem vulgaridade
Filme do diretor Marcus Baldini explora o universo da prostituição com astúcia.
Por Fabiano Santana - JRM7B
O filme "Bruna Surfistinha" mostra a vida de Raquel Pacheco, que decide sair de casa e se tornar garota de programa. O filme é baseado no livro “O Doce Veneno do Escorpião”. Deborah Secco é a atriz que protagoniza o filme. Ela conquista o papel e, principalmente o público encarando a personagem e passando o olhar desencantado de uma jovem sem ilusões ou esperanças, mas transmite também o olhar forte e decidido de alguém que não tem outra alternativa. Deborah se deu bem, não se comprometeu e fez um bom trabalho.
As cenas de sexo são bem apimentadas. Inicialmente, o filme propõe que elas surgiriam de forma contida, no entanto, a trama dá uma virada e o sexo apresenta-se mais intensamente. Outra aposta que deu certo foi a utilização do humor, na cena das garotas de programa no salão de beleza e a cena da passagem dos vários tipos de pessoas que frequentam o estabelecimento das garotas.
Não acho que o roteiro tenha conseguido fugir muito do esquema do gênero “filme de prostituição”, nem se pode dizer que tenha momentos de exuberante talento. Mas sem dúvida era um terreno escorregadio e arriscado que foi contornado com eficiência.
FICHA TÉCNICA:
Direção: Marcus Baldini
Roteiro: José de Carvalho, Homero Olivetto e Antônia Antônia Pellegrino, baseado na obra de Raquel Pacheco.
Direção de Fotografia: Marcelo Corpanni
Montagem: Manga Campion
Duração: 109 minutos
Elenco: Débora Secco, Fabiula Nascimento, Cristina Lago, Erika Puga, Juliano Cazarré, Guta Ruiz, Brenda Ligia
SAIBA MAIS:
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