Belo Horizonte investe na descentralização da cultura
Centros Culturais oferecem programação gratuita e diversificada para a população
Por Ana Luiza Gonçalves e Matheus Baldi
Reunir num só espaço artes cênicas, artes visuais, cinema e música, bem como possibilitar o aprendizado da arte por meio de oficinas, incentivar a literatura e garantir que a população tenha acesso às diversas manifestações da arte. Essas são algumas maneiras que os 16 Centros Culturais de Belo Horizonte, implementados pela Fundação Municipal de Cultura, encontraram para investir na diversidade de linguagens e na qualidade artística da cidade.
Com uma programação inteiramente gratuita, os centros buscam descentralizar as manifestações ligadas à arte e promover um intercâmbio entre os movimentos culturais, artistas e sociedade. A implantação dos Centros Culturais consolida a política cultural de Belo Horizonte e contribui para o sentimento de pertencimento e de valorização da população carente da cidade.
Bairros como Jardim Guanabara, Salgado Filho, Lindeia e Venda Nova já possibilitam a democratização da cultura e do diálogo entre os diferentes universos construídos no entorno das comunidades. Assim, esses espaços propiciam uma discussão sobre as barreiras impostas pela divisão territorial e, também, sobre desconhecimento e desinteresse relacionados aos equipamentos culturais de Belo Horizonte.
Com uma programação extensa, os Centros Culturais têm objetivo de construir e manter espaços para fruição e circulação da arte da cidade. Por meio de recursos aprovados no Orçamento Participativo, esses espaços promovem a integração social, colaborando para a construção da cidadania.
Pioneiro entre os centros, o Parque Fazenda Lagoa do Nado, sede do Centro Cultural Lagoa do Nado (CCLN), implantado em 1992, busca estimular, assim como as outras sedes, novas concepções sobre arte, além de estimular a vivência cultural de Belo Horizonte.
Dentro desse contexto, os Centros têm como estratégia promover o desenvolvimento da cidade por meio da arte, focando na valorização e na expressão cultural da população, além de possibilitar que artistas locais exponham e difundam seus trabalhos. Assim, Belo Horizonte propaga a forte tendência para atividades artísticas e contribui para discussões sobre a interseção da arte na cidade e a promoção da diversidade cultural.
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