As obras de Woody Allen
Com mais de 40 filmes já dirigidos, Woody Allen poderia ter deixado o cinema há muito tempo
O cineasta já teria alcançado o sucesso e o reconhecimento pelo trabalho. Mas Allen ainda é um dos diretores que mais produzem filmes. Em média, é lançado um longa de Allen por ano. As histórias possuem tramas complexas que envolvem religião, cultura, traição, crime, sexo, paixão e amor.
Nascido em 1º de dezembro de 1935, Allen Stewart Konigsberg cresceu no Brooklyn, em Nova York. O primeiro emprego de Allen foi como escritor de piadas para colunistas de jornais. Após um período como apresentador de peças de comédia em teatro, com as tramas que ele mesmo produzia, Allen passou a investir, também, em música. Em 1965, ele foi definido como o roteirista da comédia O Que Há Gatinha? (1965). No ano seguinte, ele dirigiu O Que Há, Tigresa? (1966).
Após uma pausa de três anos, o primeiro filme de autoria própria foi lançado. Um Assaltante Bem Trapalhão (1969) já demonstra características da personalidade do cineasta, como a neurose e comédia. Seus trabalhos posteriores também não deixaram de ser polêmicos. Em Tudo Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo Mas Tinha Medo de Perguntar (1972) vários questionamentos sobre sexo são explicados de formas excêntricas e, sempre, com humor.
Os longas seguintes O Dorminhoco (1973), aclamado pela crítica, e Última Noite de Boris Grushenko (1975), sobre a literatura russa, demonstraram o crescimento profissional do diretor. Não era mais só comédia o tema recorrente nos filmes. Mas com uma grande parcela de humor e uma boa dose de romance, Allen conseguiu o Oscar de melhor filme e roteiro pelo trabalho em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), em que também atua. Após uma inserção no drama, com Interiores (1978), o cineasta fez o primeiro trabalho em que homenageou uma cidade. A escolhida foi Nova York, na comédia romântica Manhattan (1979), que foi sucesso com público e crítica.
Os trabalhos seguintes de Allen foram Memórias (1980), Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão (1982), Zelig (1983), Broadway Danny Rose (1984), A Rosa Púrpura do Cairo (1985), Hannah e Suas Irmãs (1986), A Outra (1988) e terminou a década com Crimes e Pecados (1989). Nos anos 1990 ele comandou filmes reconhecidos, como Simplesmente Alice (1990), Tiros na Broadway (1994), Poderosa Afrodite (1995), Todos Dizem Eu Te Amo (1996) e Desconstruindo Harry (1997). Na década seguinte a crítica já começa a questionar se chegou a hora do diretor dar um fim na carreira.
Enquanto filmes como Igual a Tudo na Vida (2003) e Scoop - O Grande Furo (2006) foram massacrados pela crítica especializada, Ponto Final - Match Point (2005), Vicky Cristina Barcelona (2008) e Tudo Pode Dar Certo (2009) foram aclamados e serviram para comprovar que o cinema de Allen continua trazendo bons resultados. Esses últimos trabalhos são sobre crime, paixão, amor, cultura, existencialismo e cidade. Cada um, de sua própria forma, contém elementos da geografia local que influenciam no decorrer da trama.