Ambulantes do Uni-BH

07-11-2011 22:54

Diversas pessoas trocaram seus empregos formais para lutar pela sobrevivência como vendedores de porta de escola

 

Por Érika Pereira, Gislainy Borges, Juliana Valim e Rômulo Abreu


Nos arredores de universidades, escolas técnicas e colégios públicos ou privados, é muito comum encontrar pessoas comercializando lanches rápidos e apetitosos, que se encaixam perfeitamente no ritmo de vida dos estudantes, sempre apressados, atrasados e mal alimentados. Nas portas do campus Antônio Carlos do unibh não é diferente.

 

Na famosa rua Diamantina encontra-se de tudo. Pipoca doce e salgada, cachorro-quente, diversas guloseimas, tortas, além de uma padaria que leva o nome do logradouro e vários bares. Mas será que os vendedores de comida se sustentam somente do que arrecadam nas portas do Centro Universitário de Belo Horizonte?

 

Alguns deles garantem que sim, por isso mesmo abriram mão da estabilidade de um emprego formal para viver por conta própria, fazer seus horários e seu salário. Para além da questão financeira, o que motiva esses profissionais é a realização e a possibilidade de quebrar a rotina dos escritórios e poder viver e conhecer histórias enriquecedoras e pessoas ilustres.

 

Enquanto uns estão experimentando o “negócio”, outros já atravessaram gerações. Caso do pipoqueiro Diogo Silva, que herdou o carrinho de seu avó, que também já foi de seu pai. Mesmo com as dificuldades, já que o movimento não é dos melhores, o jovem tem orgulho de sua profissão e não troca por nada. “Aqui tiro por semana o que dificilmente tiraria em um mês em um emprego fichado”, disse.

 

Os vendedores se gabam de ter clientes que, enquanto estudavam no unibh, passaram anos frequentando seus carrinhos, bancadas e mesas, e hoje, brilham no mercado de trabalho. De período em período, ano após ano, de universitário a graduado, eles estão lá, pontualmente a postos para alimentar os sonhos de milhares de pessoas, e porque não, ajudar a realizá-los.

 

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