
A vida discográfica de Caetano Veloso
Aos 46 anos de carreira, Caetano experimenta a música das mais diversas formas, ao longo de sua discografia.
Por Nathália Faria
Caetano se interessou por música muito cedo. Ele aprendeu a tocar violão ainda criança, durante a adolescência fez algumas gravações para a família, e aos 23 anos iniciou sua vida profissional como cantor e compositor.
A primeira gravação profissional foi um compacto, em 1965, intitulado “Cavaleiro/ Samba em Paz”. Enquanto gravava suas músicas próprias, acompanhava a irmã Maria Betânia em seus shows.
O primeiro LP, “Domingo” foi feito em parceria com Gal Costa e revelava para a música brasileira aquele que seria um dos compositores de maior sucesso.
Em 1968, inaugurando o movimento “Tropicalismo”, Caetano juntou-se aos músicos Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Torquato Neto e ainda os integrantes do grupo Mutantes, criando músicas diferentes que refletiam o que os jovens sentiam na época. O hino "É Proibido Proibir" foi faixa do disco “Tropicália ou Panis et Circensis”, produzido durante a ditadura militar, em 1968. A música participou do III Festival Internacional da Canção, foi vaiada e desclassificada, mas depois se tornou um sucesso, lembrado até hoje.
Muitos discos foram gravados nos 46 anos de carreira, mas alguns foram mais marcantes.
Em 1969, exilado em Londres, Caetano produziu o disco “Caetano Veloso”, que foi lançado em 1971 e inclui canções compostas em inglês e contam um pouco da tristeza vivida naquele momento fora do Brasil.
O disco “Transa” foi lançado em 1972, quando Caetano já estava no Brasil, se aventurando pelo ritmo reggae, e apresenta canções mais alegres e com mais esperança.
Em 1976 aconteceu a formação do grupo hippie Doces Bárbaros, que unia Caetano a a Gal, Gil e Bethânia. Mais tarde, na década de 80, inspirado pela onda do rock nacional que surgia, Caetano lançou os discos “Outras palavras”, “Cores, Nomes”, “Uns” e Velô”.
O disco lançado em 1998, “Livro”, ganhou o melhor disco na categoria World Music, no Grammy em 2000. Seis anos depois, o disco “Cê” aproximou a música de Caetano do rock´n roll, unindo ainda experimentações eletrônicas.
No disco mais recente, “Zii e Zie”, lançado em 2009, a variedade musical de Caetano aparece numa mistura de rock com samba, acompanhado pela banda “Cê”.