A Marcha dos Pingüins

21-10-2010 20:09

Uma das mais bela história da natureza, mostra a jornada pela preservação da espécie num filme emocionante. Na Antártida, centenas de pingüins fazem uma jornada de milhares de quilômetro pelo continente a pé, enfrentando obstáculos. Tudo para encontrar o amor verdadeiro.

 

Niarta Oliveira (7º Período - UniBH)

niarta-oliveira@hotmail.com

 

O documentário A Marcha dos Pingüins se enquadra nos documentários expositivos, segundo a classificação de Bill Nichols. Ele é o relato de um tema da natureza: a jornada dos pingüins em busca de um grande amor, em prol da procriação da espécie.

 

O início do filme é marcado por uma “apresentação de slide”, contendo dados do local e época em que o documentário se refere, com intuito de situar o espectador: “Antártica, Pólo Sul, temperatura média menos 40ºC. Só uma criatura sobrevive no mar gelado: o pinguim imperador. O inverno dura 9 meses.”.

 

Os narradores falam como se estivessem traduzindo a voz de um pingüim macho e um pingüim fêmeo. Essas narrações nos remetem a uma característica do documentário expositivo a voice over, ou seja, o narrador se sobrepondo a imagem.  

 

O filme não cai no pecado de ser excessivamente didático, que é um dos riscos deste tipo de documentário, já que os narradores interpretam as ações dos pingüins, decodificando os sons e estes são reforçados pelos sons naturais emitidos pelos animais.

 

Para demonstrar veracidade o diretor buscou utilizar o som ambiente como das ventanias, balanço da água do oceano, o som emitido pelos pingüins diante de momentos de alegria e tristeza, ao baterem das asas, o gelo derretendo com o sol. Contudo, é perceptível a presença de efeitos sonoros para deixar as cenas mais emocionantes e de trilhas sonoras que variam conforme o contexto.

 

O jogo de câmeras e enquadramentos variados (primeiro, segundo e plano geral) permite revelar detalhes como os pássaros namorando, numa dança romântica e sedutora, as carícias, a pelagem e o filhote se mexendo através de um buraco feito na casca do ovo.

 

No final do filme aparece um terceiro narrador com voz de criança para narrar as sensações de um filhote. Na fala desse personagem há paralelos com o mundo dos seres humanos para que o espectador melhor entenda o que está visualizando. Como a palavra creche, quando as mães precisam sair para pescar e deixam os filhotes reunidos com uma quantidade mínima de ‘mães’.

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