"A Marcha dos Pinguins", a luta pela sobrevivência

25-10-2010 19:13


É a mais bela história que a natureza criou numa jornada pela preservação da espécie num filme emocionante. Centenas de pinguins fazem uma jornada de milhares de quilômetros a pé, enfrentando adversidades para encontrar o amor verdadeiro.
 
Niarta Oliveira (7º Período - UniBH)

niarta-oliveira@hotmail.com

O documentário A Marcha dos Pinguins se enquadra nos documentários expositivos, segundo a classificação de Bill Nichols. Ele é o relato de um tema da natureza: a jornada dos pinguins em busca de um grande amor, em prol da procriação da espécie. 

O início do filme é marcado por uma “apresentação de slide”, contendo dados do local e época em que o documentário se refere, com intuito de situar o espectador: “Antártica, Pólo Sul, temperatura média menos 40ºC. Só uma criatura sobrevive no mar gelado: o pinguim imperador. O inverno dura 9 meses”. 

Os narradores falam como se estivessem traduzindo a voz de um pinguim macho e um pinguim fêmea. Essas narrações nos remetem a uma característica do documentário expositivo a voice over, ou seja, o narrador se sobrepondo à imagem.  

O filme não cai no pecado de ser excessivamente didático, que é um dos riscos deste tipo de documentário, já que os narradores interpretam as ações dos pinguins, decodificando os sons e estes são reforçados pelos sons naturais emitidos pelos animais.

Para demonstrar veracidade o diretor buscou utilizar o som ambiente como das ventanias, balanço da água do oceano, o som emitido pelos pinguins diante de momentos de alegria e tristeza, ao baterem das asas, o gelo derretendo com o sol. Contudo, é perceptível a presença de efeitos sonoros para deixar as cenas mais emocionantes e de trilhas sonoras que variam conforme o contexto.

O jogo de câmeras e enquadramentos variados (primeiro, segundo e plano geral) permite revelar detalhes como os pássaros namorando, numa dança romântica e sedutora, as carícias, a pelagem e o filhote se mexendo através de um buraco feito na casca do ovo.

No final do filme aparece um terceiro narrador com voz de criança para narrar as sensações de um filhote. Na fala desse personagem há paralelos com o mundo dos seres humanos para que o espectador melhor entenda o que está visualizando. Como a palavra creche, quando as mães precisam sair para pescar e deixam os filhotes reunidos com uma quantidade mínima de ‘mães’.
 


Ouça a crítica em podcast:


 

 


Curiosidade:
Na versão brasileira, o filme foi narrado por Patrícia Pilar e Antonio Fagundes

Ficha Técnica

Título original: March of the Penguins / La Marche de L'Empereur 
Gênero: Documentário
Duração: 85 minutos
Ano de lançamento: 2005
Direção: Luc Jacquet
Roteiro: Luc Jacquet, Michel Fessler, Jordan Roberts
Produção: Yves Darondeau, Christophe Lioud, Emmanuel Priou

Fotografia: Laurent Chalet, Jérôme Maison

 

Saiba mais:

Site oficial do documentário - A Marcha dos Pinguins

Youtube - Imagens do filme

Denúncia do filme: Aquecimento Global. O que é?

Depoimento de Luc Jacquet sobre o filme

Leia também:

Crítica do filme no site Adoro Cinema

Crítica do filme no site CinePlayers

Matéria no site Terrazul

Crítica do filme no site Cranik

 

 

Tópico: "A Marcha dos Pinguins", a luta pela sobrevivência

Data: 08-11-2010

De: Lorena

Assunto: Correção

Niarta,

Você não entendeu a publicação da galeria de imagens e não conferiu no site os problemas com as fotos inseridas. Houve problemas de revisão no texto e posicionamento do lay-out. A gravação ficou legal.

Lorena

Data: 28-10-2010

De: Niarta Oliveira

Assunto: Repensar e agir é a bola da vez

O filme foi construido para convencer o espectador do quanto a preservação da espécie é importante. Lembrando o homem de que os animais irracionais enfrentam diversos obstáculos por amor a procriação da sua prole. Forçando o ser humano a analisar suas atitudes individualistas e mesquinhas. Mas o filme não é sensacionalista, nem fictício, o que permite um maior entendimento dos fatos descritos. É um documentário de extremo bom gosto.

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Questionário

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