Retalhos da Realidade Política

23-11-2010 12:02

 Por Layon Araújo

( aluno do 7º período de jornalismo, Uni-bh)

 

É bastante trivial escutar por ai, pessoas discursarem aos quatro ventos, qual candidato se deve votar e por quais motivos. No período eleitoral, no qual todos os cidadãos podem exercer seus direitos, leia-se, deveres, já que além de direito o voto é obrigatório, poderão optar por aquele candidato que lhe parece pertinente ou conveniente.

 

É aceitável que as pessoas possam basear suas escolhas na opinião de uma coletividade, de um determinado nicho social. Quando se está inserido em uma classe social, mesmo que seja contra nossa vontade, a tendência é que você seja levado por ela. Condenar uma pessoa por anular seu voto, ou por até mesmo votar segundo o propósito, de que tal iniciativa irá beneficiar sua família e não o coletivo é questionável. Agimos de acordo com interesses.Inicialmente, você poderia não ter uma frente partidária, ou um candidato predileto, mas será guiado ou pelo menos tentado a votar em um candidato, indicado como preferido de antemão por algumas pessoas do seu ciclo.

 

Vale lembrar que, quem irá governar da melhor maneira possível o país, quem tomará as mais sábias decisões que resultem na melhoria de vida da população e no progresso do mesmo como um todo, outrora, quem repartirá o bolo em fatias iguais, se é que isso realmente seja possível, serão os nossos representantes políticos. E para decidir tudo isso, você poderá votar em algum candidato, anular o seu voto, ou “simplesmente” justificar a ausência do mesmo.

 

A política nacional é maçante, corrupta, cheia de falhas, cheia de dinheiro nas meias, cuecas, malas, coberta de exageros seja na Câmara, no Senado, nos gabinetes, nas prefeituras, assembléias, sindicatos e infinitos lugares, onde possam ser praticados atos ilegais que prejudiquem os cidadãos e/ou que empreguem uma avalanche de políticos que não fazem à diferença. Porém ater-se aos fatos, é uma atitude irracional, vegetativa. Enquanto somos atingidos por tal atitude, manter se passivo   diante das desonras é o mesmo que   dar apoio para que esse tipo de atitude perdure no país.

 

Eu  gosto de política, mas não gosto de Brasília, não do espaço físico, mas pelo que representa simbologicamente a todos os brasileiros, não gosto de propaganda política, comício, showmicios, santinhos, diabinhos, panfletagem, horários políticos, propagandas políticas, twitter de políticos, mídias sociais de políticos, jornais mascaradamente políticos, cheiro de políticos e também não gosto de milhares de coisas que não estão relacionados com a política, que (in)felizmente são inerentes ao ser humano. Contudo, fazem parte da vida social.

O simples fato de não ser da direita ou esquerda e julgar-se apolítico, para muitos podem ser um subsidio, um refugio ao ser indagado sobre a política regente no país, mas também pode representar uma visão clara da política.

 

A pessoa apolítica, não faz frente a nenhum lado, não dá sua opinião e tão pouco questiona a própria política, automaticamente ela não reivindica quem está no poder, não faz frente ao que está sendo feito no país, portanto, ela não é contra, não exerce uma opinião, acabando por apoiar quem está no poder. Quem cala, consente.

O voto antes de tudo, deve ser o brado de cada cidadão que ao digitar na máquina o número de cada candidato escolhido, digitalize também suas vontades, sonhos e porque não seus desejos.

 

Assim como a sociedade em crescente desenvolvimento e modificações, a política e os políticos não ficam atrás. Atualmente o lado cômico se faz cada vez mais presente, desde a corrupção que expõe os políticos em atitudes deploráveis à presença de candidatos analfabetos ou semi-analfabetos como Tiririca e Mulher Melão. Figuras populares, que buscam alcançar a esfera política valendo-se do ridículo, mesmo não tendo a mínima noção de administração pública. Contudo, buscando sempre o lado positivo, contribuem para quebrar a elitização política.

 

Há cinco meses a eu já sabia em quem votar, há três meses comecei a modificar o meu olhar e faltando apenas 4 dias para o veredito final, deixo de lado as informações midiáticas e a base em ciclos sociais, me proponho, a optar por candidatos que mais simpatizo, seja pelo histórico seja pelo simples simpatizar.

 

 

 

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