Nada de varrer o passado
Desde os 15 anos trabalhando na SLU, funcionário conta seu caminho das ruas para a coordenação de uma equipe de quase 300 agentes da limpeza urbana
Por André Martins, Érica Fernandes, Kátia Brito e Lucas Alvarenga - JRM7B
Privilegiado pela vida, que mais uma vez dá provas de que não há acaso sem competência e sorte sem persistência, Mauro da Silva Satter recebe nossa repórter Érica Fernandes. Simpático e vencedor, ele não faz cerimônia. Trata logo de contar passo a passo de sua trajetória de gari à gerente frente à Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU-BH).
Sem varrer da memória as lembranças dos tempos em que a enxada lhe forçava a coluna e que a vassoura era quase sua cúmplice, este jovem senhor revela: está há 29 anos na empresa. Uma surpresa até para ele, que começou sem grandes perspectivas e hoje comanda “a tropa da limpeza urbana” na capital mineira. Responsabilidade que segurou com a mesma destreza dos anos de gari.
Animado com a reportagem, Mauro retorna às ruas para fazer aquilo que aprendera durante anos: capinar, varrer, recolher o lixo e correr atrás do caminhão-caçamba. Com o uniforme da SLU, ele refez seu dia-a-dia de décadas passadas. De volta ao escritório, nosso personagem mostra o porquê ganhou a confiança de chefes e subordinados nestes anos todos.
Com um gravador, uma câmera digital emprestada e disposição para tirar a limpo esta história de superação, nossa reportagem seguiu Mauro durante uma tarde quase completa. O resultado desta narrativa é um fato jornalístico cada vez mais incomum nas páginas de jornal, noticiários televisivos ou radiofônicos.
Com sensibilidade, nossa repórter remontou quase três décadas de história, que segue abaixo em áudio e vídeo. Por isso, aprecie com atenção.
- Créditos:
Reportagem: Érica Fernandes
Edição: André Martins e Kátia Brito
Texto: Lucas Alvarenga