
Orgulho e Preconceito
Uma releitura da obra de Jane Austen
Por Thayane Ribeiro - JRN7 A1
thayanekeila@hotmail.com
Orgulho e Preconceito (2005) conta o romance vivido entre um homem e uma mulher que tiveram que lutar contra os próprios preconceitos, concepções, e ignorância para viver um grande amor.
A história começa na casa da personagem principal, Elizabeth Bennet (Keira Knightley), na Inglaterra, em meados do século XVIII. Em um cenário bucólico, Elizabeth e suas quatro irmãs foram criadas por uma mãe que tudo o que mais deseja é encontrar um bom marido para garantir o futuro de cada uma de suas filhas. Quando o rico e jovem Sr. Bingley chega à pacata cidade, todas as mulheres entram em alvoroço, mas é a irmã mais velha da família, Jane Bennet, que conquista o coração do jovem solteiro.
Já Elizabeth, uma mulher inteligente e instigante, conhece o amigo de Bingley, o Sr. Darcy, que, inicialmente, a despreza por ela ser pobre e não ser tão bonita quanto à irmã mais velha. Elizabeth jura nunca se envolver com Darcy, mas após vários encontros criados pelo acaso, os dois percebem que têm muita coisa em comum, inclusive a teimosia, e, como o próprio título do filme sugere, eles descobrem que terão que deixar de lado todo o orgulho e preconceito para se entregar ao verdadeiro sentimento que os une, o amor.
Fiel à história original da escritora Jane Austen, o filme mostra como os casais se encontravam e descobriam o amor em meio a uma sociedade puritana do século 18. Como na época os homens e as mulheres não podiam conversar a sós ou se encontrar longe dos pais antes do casamento, toda a trama do filme acontece sem que Elizabeth e Darcy se beijem, o que seria comum em um filme de romance norte-americano.
O filme mostra que para encontrar o par ideal e conversar um pouco “a sós”, a maneira encontrada pelos jovens na época era a dança, nos tão esperados bailes promovidos na cidade. Com lindos vestidos e penteados da época, as mulheres podiam aceitar o convite de seus parceiros e, por alguns minutos, serem cortejadas durante a festa.
Sem cenas mais calorosas ou apimentadas, a história foge da linha seguida pelos romances norte-americanos e procura mostrar o amor de forma mais genuína, tentando se aproximar ao máximo à realidade da época.
No entanto, para não correr o risco de desagradar às mulheres mais modernas, a obra também conta com uma versão mais longa, exibida nos cinemas dos Estados Unidos e Canadá, com oito minutos a mais, trazendo um final um pouco mais a cara do mercado cinematográfico hollywoodiano.
Com doçura, ingenuidade, e naturalidade, Orgulho e Preconceito promete agradar aos fãs de Jane Austen, que curtem, sobretudo, um romance no estilo europeu.
CURIOSIDADES:
- Logo no início do filme, a personagem Elizabeth aparece lendo um livro chamado "First Impressions". Trata-se do título original dado por Jane Austen a obra "Orgulho e Preconceito", que posteriormente mudou de nome;
- As versões americana e inglesa de Orgulho e Preconceito tem finais diferentes; A versão norte-america é cerca de 8 minutos mais longa.
- Esta é a 4ª adaptação do livro de Jane Austen para o cinema. As demais foram Orgulho e Preconceito (1940), Pride and Prejudice (2003) e No (2004);
FICHA TÉCNICA:
Diretor: Joe Wright
Elenco: Keira Knightley, Matthew MacFadyen, Brenda Blethyn, Donald Sutherland, Tom Hollander, Rosamund Pike, Jena Malone, Judi Dench, Carey Mulligan.
Produção: Tim Bevan, Eric Fellner, Paul Webster
Roteiro: Deborah Moggach, baseado em romance de Jane Austen
Fotografia: Roman Osin
Trilha Sonora: Dario Marianelli
Duração: 127 min.
Ano: 2005
País: Reino Unido
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Classificação: Livre
SAIBA MAIS:
- Prévia do livro Orgulho e Preconceito.
LEIA TAMBÉM:
- Veja a crítica do filme no cineplayers.
- Veja a crítica do filme no uol.
- Coluna sobre Jane Austen na Folha de São Paulo.
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Tópico: Orgulho e Preconceito - O amor vivido no século XVIII
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Questionário
O que você achou do fim do filme?
Fraco. Poderia ter explorado mais o romance entre o casal. (16)
Bom, mas preferi a versão americana, em que termina a narrativa com os personagens principais. (7)
Ótimo. Correspondeu à proposta do filme de seguir a obra de Jane Austen fielmente. (11)
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