Aborto ou assassinato?
Por José Eduardo Vidigal Ribeiro*
(7º período - jornalismo UNI-BH)
eduardoribeiro10@yahoo.com.br
É de se impressionar o que estamos debatendo nos últimos dias de eleição presidencial. “Quem é a favor e contra o aborto”. Num país onde mais de 152 milhões de pessoas que se dizem cristão e que tem a bíblia como fonte de resposta para todos os argumentos, nunca deveria colocar em pauta esse tema. Encaremos o fato. O aborto é um assassinato. Pior, é um assassinato com resquícios de crueldade. Os métodos vão de o uso de drogas como o RU-486, é um fármaco especialmente concebido para provocar o aborto nos primeiros dias de gravidez; aspiração (imaginem isso) que é realizado de 6 a 16 semanas de gravidez; envenenamento salino, que é feito entre quatro a sete meses e a injeção intra-cardiaca que também é realizado de quatro a sete meses de gravidez.
O que é isso afinal? É um assassinato! Isso nunca deveria entrar em discussão. Ainda mais quando a questão se trata de eleger alguém que nos próximos quatro anos será nosso representante aqui e no exterior.
Legalizar o aborto é o mesmo que liberar o uso de armas de fogo lembra-se do velho oeste? Estamos falando de vida que está em formação. Se aos pais desta criança, não tiverem condições de criar, se não tem idade para cuidar de uma criança, se houve estupro, ainda sim não é motivo para tal covardia. Essa criança que aguarda o direito de nascer, não tem culpa de nada. Então porque o destino dela tem que ser selado de forma tão dura, tão nefasta?
A mulher que se submete a essa intervenção de vida, depois do aborto, tem vários problemas físicos e mentais. Estudos comprovam que medo, dor, culpa e ansiedade são algumas características que se desenvolvem e em muitos casos torna-se necessário recorrer a tratamentos psiquiátricos para pelo menos diminuir esses sentimentos. Essa realidade está documentada em inúmeros artigos científicos. Dados revelam, por exemplo, que 25% das mulheres sujeitas ao aborto freqüentam consultas de psiquiatria. A parte física também é comprometida. Infecções, hemorragias, perfurações uterinas, podem inclusive levar a morte a paciente que se submete ao aborto. As complicações consideradas menores e mais comuns incluem infecção, febre, distúrbios gastrointestinais, queimaduras de segundo grau, dores abdominais crônicas, vômitos e hemorragia. Pesquisas mostram inclusive que no ano após o aborto, 80% das mulheres freqüentam o medico de família por diversas razões e 180% por razões psicológicas.
Aborto é um tema que não deveria ser questionado por diversas razões. Sejam elas de saúde, religiosidade ou tradição. Se engana quem pensa que falar desta questão é difícil. Vá a algum lugar onde brincam as crianças que tiveram a ‘sorte’ de ter pais para criá-los. Observe atentamente a cada uma destas figurinhas, projeto de adultos. Você teria pena de alguém que lhe tirasse a vida agora? Aborto = Assassinato. Pense nisso.
* José Eduardo Vidigal Ribeiro é estudante do 7ºPeríodo de Jornalismo do Centro Universitário de Belo Horizonte